Nesse post você vai entender melhor o que é a Covid longa, quais são os sintomas, pacientes com maior risco e o que fazer.
Covid Longa
A maioria das pessoas se recupera plenamente da doença. Entretanto, 10 a 20% dos pacientes podem apresentar sequelas ou sintomas persistentes. A Covid Longa,ou condição pós Covid, é definida pela Organização Mundial da Saúde pela permanência de sintomas além de três meses da fase aguda da doença. Além disso, de excluídas outras causas para essas manifestações.
Quais são os sintomas?
Os estudos identificaram mais de 200 sintomas relacionados. Podem ser físicos, cognitivos bem como mentais.
Exemplos
- Fadiga
- Falta de ar ou dificuldade para respirar
- Tosse persistente
- Dor no peito
- Problemas de fala
- Dores musculares
- Falta de memória ou dificuldade para se concentrar
- Perda de olfato ou paladar
- Depressão ou ansiedade
- Febre
- Problemas renais
- Dor de cabeça
- Insônia
- Queda de cabelo
- Stress pós traumático
Quais são os pacientes que desenvolvem a condição Pós Covid?
Os casos graves que necessitaram de hospitalização e ventilação mecânica são de maior risco. Além disso, também podem ocorrer sequelas causadas pela inflamação dos órgãos e o uso certas drogas.
Entretanto, cerca de 10% dos pacientes que tiveram as formas moderada e leve da doença também sofrem com a condição. Inclusive crianças e adolescentes.
Por que acontece?
Os estudos trabalho com três hipótese:
- Alterações celulares relacionadas aos receptores de ACE2, existentes em vários órgãos ocasionando dessa maneira uma doença crônica;
- Reservatórios “ocultos” de SARS-CoV-2 cuja atividade produziria a forma crônica, mesmo na ausência de testes para detectar o vírus;
- Resposta autoimune provocada pelo vírus.
Qual é o tratamento?
Não há um tratamento específico, pois a doença apresenta uma grande variedade de sintomas. Por isso, muitos estudos precisam ser realizados com a finalidade de minimizar os danos individuais.
Covid longa dura para sempre?
A pandemia tem apenas dois anos completos. Por esse motivo, ainda não é possível determinar quanto tempo os sintomas perduram nos pacientes afetados pela condição. O que já sabemos, que em muitos casos, há uma melhora gradual dos sintomas. Entretanto, quando o dano tecidual é permanente, por exemplo no caso de fibrose pulmonar é
Pesquisas – O que não sabemos
A prioridade inicial dos estudos foi para prevenção e depois para evitar mortes e casos graves. Novas pesquisas devem ser conduzidas para avaliar a persistência e dos sintomas e desenvolver estratégias para tratamento e mitigação. No artigo publicado em março pela Revista da Fapesp, os autores chamam a atenção para uma nova pandemia, a de Covid longa.
Segundo o médico entrevistado pela revista, Dr Regis Goulart, é fundamental uniformizar os critérios que os resultados das pesquisas sejam comparáveis.
Há muitas perguntas a responder. Entre elas:
- As vacinas são capazes de diminuir o risco de Covid longa?
- Se sim, há distinção entre elas?
- Existe risco diferencial quanto às variantes do SARS-CoV-2?
Qual a melhor estratégia para evitar tudo isso?
Em primeiro lugar, prevenir a infecção. Em segundo lugar manter a vigilância epidemiológica e com testagem dos suspeitos para ter diagnósticos precisos. Depois, proteger pacientes contra as formas mais graves utilizando tratamentos baseados em ciência. Finalmente estudar intervenções que minimizem sequelas e encurtem o tempo de melhora desses pacientes.
Faça a sua parte! Tome as vacinas e decisões preventivas baseadas no momento epidemiológico de sua cidade.
Liliana Donatelli