Notícia

Canaltech

Covid-19 tem uma recuperação diferente para cada tipo de transplante, diz estudo (59 notícias)

Publicado em 19 de setembro de 2021

De acordo com um recente estudo conduzido no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FM-USP), a covid-19 tem um comportamento diferente para cada tipo de transplante que é realizado.

Os pesquisadores notaram, por exemplo, que as pessoas que passaram por um transplante de fígado e depois contraíram a COVID-19 tiveram recuperação mais rápida e processo inflamatório muito menor do que os transplantados de coração ou rim.

Para compreender melhor essa relação, os pesquisadores analisaram a evolução da covid-19 em 39 receptores de órgãos. Desse total, 25 receberam transplante de rim, sete de coração e sete de fígado. Os dados foram comparados com outros 25 pacientes com covid-19 não transplantados. Os participantes do estudo foram monitorados diariamente.

Quer ficar por dentro das melhores notícias de tecnologia do dia? Acesse e se inscreva no nosso novo canal no youtube, o Canaltech News. Todos os dias um resumo das principais notícias do mundo tech para você!

Na prática, o grupo notou que transplantes de coração e rim exigem um uso maior de medicamentos imunossupressores que os transplantes de fígado. Entretanto, os pesquisadores mencionam que a provável relação entre a quantidade de imunossupressores e a evolução da covid-19 entre transplantados se trata apenas de uma hipótese, que ainda precisa ser investigada com maior profundidade.

A hipótese é que essa imunossupressão poderia ser benéfica para casos de hiperativação do sistema imunológico, como ocorre na chamada tempestade de citocina típica da covid-19 grave, tendo em mente que o organismo responde de maneira exagerada à infecção e isso acaba eventualmente sendo letal para os pacientes.

A ideia agora é avaliar a infecção pelo SARS-CoV-2 em indivíduos que estão sob tratamento com imunossupressores ou imunomoduladores, como é o caso de pacientes com psoríase, dermatite atópica ou que fazem uso de antirretrovirais (portadores de HIV). Você pode conferir o estudo completo aqui

Por Nathan Vieira | Editado por Luciana Zaramela 

Fonte: Agência Fapesp