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Covid-19: 17 mil crianças podem morrer se aulas voltarem, aponta professor (95 notícias)

Publicado em 17 de julho de 2020

Estimativa foi feita por Eduardo Massad, pesquisador da Fundação Getúlio Vargas em debate virtual realizado pela Fapesp e o Instituto Butantan

Eduardo Massad, fez a declaração na terça feira (14) do debate virtual promovido pela Fapesp e o Instituto Butantan. Massad apontou que o Brasil tem até hoje uma média de 300 crianças mortas por coronavirus, se a volta às aulas acontecer nesse no cenário atual essa contagem chegará a 17 mil mortes.

Eduardo Massad, que é professor Titular da Escola de Matemática Aplicada da FGV, foi categórico ao dizer que se abrir as escolas agora, será um genocídio. Segundo o professor, esses números foram calculados mesmo com uso de máscaras e utilizando o protocolo de distanciamento de 2 metros.

Massad diz que existem hoje no Brasil 500 mil crianças portadoras do vírus em circulação , e que somente no primeiro dia de aula ocorrerá 1,700 (mil e setecentos) novas infeções e 38 óbitos; dobrando o número em 10 dias e quadruplicado em 15.

“Absolutamente não pode voltar em setembro, fiz a conta hoje [terça-feira, 14] sobre a volta às aulas. Nós temos, no Brasil, 500 mil crianças portadoras do vírus zanzando por aí. Se você abrir, agora em 1 de agosto, mesmo usando máscara, mesmo botando distância de dois metros, no primeiro dia de aula nós vamos ter 1.700 novas infecções, com 38 óbitos. Isso vai dobrar depois de 10 dias e quadruplicar depois de 15 dias. Então, abrir as escolas agora é genocídio”

“Nós estamos falando de vidas. Se perder um ano letivo, ninguém vai morrer por causa disso. Se a gente abrir sem um planejamento muito bem feito e um monitoramento muito bem feito, vão morrer 17 mil crianças. Há uma impressão de que já se pode voltar para a escola, mas as crianças vão morrer”, enfatizou Massad.

Correio de Piedade