A Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base — ABDIB —manifesta sua preocupação e sua discordância com um ponto da lei encaminhada
pelo governo de São Paulo à Assembleia Legislativa com as diretrizes orçamentárias do estado para 2025. Em seu artigo 22, a lei propõe, na prática, uma redução nos recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo — FAPESP — que pode alcançar pelo menos R$ 600 milhões
Desde sua entrada em operação, em 1962, a FAPESP se tornou uma das mais importantes agências de fomento à ciência, à tecnologia e à inovação do país. Conforme prevê a Constituição Estadual, ela é financiada com 1% da arrecadação de São Paulo. Esses recursos são destinados ao financiamento de pesquisas que, neste momento, incluem transição energética, produção de hidrogênio de baixo carbono, mobilidade urbana e aérea e produção de novos materiais. Cerca de 4 mil projetos de curto e médio prazos e quase 10 mil bolsistas são apoiados pela Fundação.
Defensora do equilíbrio das contas públicas e da redução dos gastos correntes em todos os entes da federação, a ABDIB considera o corte de recursos da FAPESP um equívoco. Ele levaria, na interpretação da entidade, à redução da capacidade de investimento de uma instituição que, ao longo de sua história, tem sido responsável pelo financiamento de milhares de projetos voltados para a produção de conhecimento aplicável ao desenvolvimento do estado e do país.