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Coronavírus: volta às aulas pode causar morte de 17 mil crianças, estima professor (95 notícias)

Publicado em 16 de julho de 2020

Estimativas feitas por um pesquisador da Fundação Getúlio Vargas (FGV) apontam que a volta às aulas em meio à pandemia de coronavírus poderia aumentar significativamente o número de crianças mortas por causa da doença. De cerca de 300 mortes registradas atualmente de menores de 5 anos, o total saltaria para 17 mil.

“Absolutamente [a aula] não pode voltar em setembro”. E completa: “Fiz a conta hoje [terça-feira, 14] sobre a volta às aulas. Nós temos, no Brasil, 500 mil crianças portadoras do vírus zanzando por aí. Se você abrir, agora em 1 de agosto, mesmo usando máscara, mesmo botando distância de dois metros, no primeiro dia de aula nós vamos ter 1.700 novas infecções, com 38 óbitos. Isso vai dobrar depois de 10 dias e quadruplicar depois de 15 dias. Então, abrir as escolas agora é genocídio", declarou Eduardo Massad, professor Titular da Escola de Matemática Aplicada da FGV.

A declaração ocorreu durante uma conversa virtual realizada nesta terça-feira (14) pela Agência Fapesp e o Instituto Butantam. Segundo o pesquisador, o Brasil teve até hoje cerca de 300 crianças mortas por coronavírus. Com a reabertura das escolas, esse número saltaria para 17 mil.

“Nós estamos falando de vidas. Se perder um ano letivo, ninguém vai morrer por causa disso. Se a gente abrir sem um planejamento muito bem feito e um monitoramento muito bem feito, vão morrer 17 mil crianças. Há uma impressão de que já se pode voltar para a escola, mas as crianças vão morrer”, defende.

Em São Paulo, a reabertura das escolas está prevista para começar em 8 de setembro, e ocorrerá em três etapas. Ainda segundo o governo, só poderão ser reabertas escolas em áreas que estiverem na fase amarela do plano de flexibilização da economia.

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