Profissionais de saúde têm um duro trabalho para conter a pandemia de coronavírus e tratar aqueles que apresentam os sintomas, isso pode gerar sobrecarga física e emocional nesses trabalhadores, que são os que mais apresentam esgotamento profissional (Síndrome de Burnout).
Pensando nisso, pesquisadores da Universidade de São Paulo criaram um protótipo de robô autônomo capaz de auxiliá-los em tarefas operacionais para evitar a carga excessiva de trabalho.
Eles terão a função de dar suporte à distribuição de remédios e alimentos aos pacientes, entre outras coisas. O objetivo dos criadores é encontrar parceiros especializados em saúde para que a equipe consiga adequar o robô às necessidades dos profissionais de saúde que estão na linha de frente do combate ao coronavírus, bem como encontrar investidores para viavilizar o trabalho.
O protótipo do robô custou, para produção unitária, cerca de R$ 17 mil, valor que diminui consideravelmente quando a produção se dá em larga escala. Além disso, a adaptação a necessidades específicas pode diminuir o custo de materiais também. Se todos esses recursos estivessem disponíveis para desenvolver, em dois meses o robô estaria disponível para ser utilizado em hospitais.
A ideia surgiu com a criação da startup 3DSoft, que teve como fundadora a doutoranda do Laboratório de Robótica Móvel da USP de São Carlos, Daniela Ridel. No início, ela contou com o apoio do programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), da Fapesp, órgão estatual de apoio à pesquisa.
"O objetivo é dar suporte na distribuição de remédios e alimentos aos pacientes doentes em hospitais e, com isso, além de diminuir a carga de trabalho, também será diminuído o contato entre profissionais da saúde e pessoas com a Covid-19. Nós temos a capacidade técnica de fazer esse projeto acontecer, no entanto, falta ajuda para que o robô chegue nas mãos de quem precisa"
Daniela Ridel, doutoranda do Laboratório de Robótica Móvel do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC), na USP de São Carlos.