Entre os meses de fevereiro de março, mais de 100 diferentes linhagens do coronavírus (Covid-19) chegaram no Brasil, mas que apenas três delas se expandiram. É o que aponta uma pesquisa da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).
Segundo a instituição, não há uma confirmação da origem dessas três linhagens de coronavírus que foram disseminadas no país, no entanto, a teoria é que tenham vindo do continente europeu.
A pesquisa revela que essas três linhagens surgiram em São Paulo e Rio de Janeiro entre 22 e 27 de fevereiro. Já a primeira reação contra a covid-19 ocorreu apenas no dia 13 de março, com a regulamentação dos critérios de isolamento social e quarentena, no entanto, a disseminação do vírus pelo país já estava estabelecida.
Para fazer esse estudo, os cientistas usaram um modelo de transmissão de acordo com a mobilidade da população. Para chegar essa conclusão, foi utilizado:
- Informações sobre viagens aéreas e sobre as mortes confirmadas por covid-19 entre fevereiro e abril;
- Os dados foram cruzadas com o genômicos da covid-19, obtidos pelo sequenciamento de quase 500 isolados virais de pacientes diagnosticados em 21 dos 27 estados brasileiros (contando o Distrito Federal).
A pesquisa aponta que houve uma queda significativa no número de viagens nacionais em meados de março, por outro lado, houve um aumento de 25% na distância média percorrida por passageiros aéreos no período. Segundo os cientistas, esse movimento contribuiu para espalhar o coronavírus dos grandes centros urbanos para o resto do país.
Relaxamento da quarentena
A flexibilização da quarentena faz parte do programa do Governo de São Paulo que autoriza a reabertura de alguns serviços mediante adoção de protocolos sanitários, como a higienização do local, controle de acesso e redução da carga horária.
Na semana passada, São Paulo atingiu a marca de 10 mil mortes pela covid-19. Neste mesmo período a capital paulista autorizou a reabertura de comércio de rua e shoppings.
Atualmentem o Brasil chegou a marca de 43.389 óbitos por conta do vírus. No entanto, o Ministério da Saúde aponta 57 mortes a menos (43.332). Nas últimas 24h foram contabilizadas 598 vidas perdidas.
Já o número de casos confirmados também apresentam uma diferença. O consórcio de imprensa revela que o país possui 867.882 casos oficiais da doença, enquanto o Pasta mostra 867.624, uma diferença de 258 pessoas infectadas.