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CoronaVac pode se adaptar à variante omicron em 3 meses, diz cientista (92 notícias)

Publicado em 10 de dezembro de 2021

Uma nova edição da vacina CoronaVac eficaz contra a variante omicron do SARS-CoV-2 pode estar disponível dentro de 3 meses.

O anúncio foi feito nesta terça-feira (7) por meio de Yaling Hu, coordenador dos estudos de vacinas na China, na inauguração de um seminário estrangeiro promovido por meio do Instituto Butantan, que está funcionando até hoje (12/09) online. O estabelecimento produz o imunizante no Brasil em parceria com a indústria farmacêutica chinesa Sinovac Biotech.

“O desenvolvimento [de uma versão] da vacina oposta à cepa de omicron pode ser concluído em 3 meses”, disse Hu. Segundo o pesquisador, in vitro serão realizados testes in vitro de anticorpos neutralizantes contra a nova cepa induzida pela vacina, que será concluído dentro de duas semanas. “Somos capazes de realizar 2. 000 testes consistentes por dia para encontrar anticorpos neutralizantes que se opõem a vários vírus”, disse Hu.

Se os ensaios forem bem-sucedidos, uma fórmula eficaz da vacina contra omicron será avaliada em ensaios clínicos com pacientes de outras faixas etárias, calendários de vacinação e intervalos de dose de reforço.

“A capacidade de entregar a vacina Omicron pode ser em torno de 1 a 1,5 bilhão de doses consistentes com o ano”, disse Hu.

Imunidade a Serrana

Durante o evento, foram apresentados os efeitos mais inovadores de eficácia e proteção do imunizante COVID-19 e dos fundamentos clínicos do projeto S, organizado no município de Serrana (SP).

Os efeitos do estudo, apoiado pela FAPESP, mostraram que a eficácia do CoronaVac se opõe a 80,5% aos casos sintomáticos, 95% às internações e 94,9% aos óbitos.

A imunidade do rebanho contra os casos sintomáticos foi alcançada com 52% da população adulta da cidade vacinada, disse Marcos Borges, professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP).

“A partir da semana 13 do estudo, quando 52% da população já havia sido vacinada, passamos a ver alívio significativo nos casos sintomáticos que duravam até o final da pesquisa”, disse Borges.

“Isso mostra que, com 52 da população totalmente vacinada, Serrana alcançou imunidade de rebanho”, disse Borges.

Desde 2020, a FAPESP apoia os ensaios clínicos de fase 3 da CoronaVac, em colaboração com a iniciativa Todos pela Saúde do Itaú Unibanco, uma vez que pesquisas semelhantes à reação imunológica da vacina evoluíram através da Universidade de Oxford (Reino Unido) em parceria com a AstraZeneca , realizado por pesquisadores da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM-Unifesp).

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