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Copa do mundo de variedades de cana tem como base a rede de contatos William Burnquist (1 notícias)

Publicado em 06 de julho de 2022

A CopaCana – Copa do Mundo de Variedades de Cana-de-açúcar – acontece em unidades sucroenergéticas desde o mês de dezembro do ano passado

Será que variedades de cana desenvolvidas em outros países apresentam bons resultadas se cultivadas no Brasil? Essa é uma das questões que estão sendo avaliadas durante a CopaCana - Copa do Mundo de Variedades de Cana-de-açúcar – acontece em unidades sucroenergéticas desde o mês de dezembro do ano passado.

Essa Copa só se tornou viável devido à experiência e o empenho de William Lee Burnquist, um “campeão” do setor, que conhece muito bem o potencial e a performance das novidades que surgem no campo.

Engenheiro agrônomo, com longa e bem-sucedida carreira no setor, William traz para o Brasil variedades de cana-de-açúcar desenvolvidas em outros países, que já estão sendo testadas em unidades sucroenergéticas desde o mês de dezembro do ano passado.

A organização e a realização da Copa do Mundo de Variedades de Cana-de-açúcar no Brasil estão relacionadas à rede de contatos criada por William Burnquist em sua trajetória acadêmica e profissional. Formado em Agronomia pela Esalq/USP, onde também fez mestrado em Genética e Melhoramento de Plantas, ele trabalhou em dois momentos no CTC nos períodos de 1980 a 2010 e de 2012 a 2019 – inclusive no período quando o Centro de Tecnologia ainda estava vinculado à Copersucar –, tendo participado diretamente do desenvolvimento e liberação de variedades importantes de cana-de-açúcar. Nos anos de 2011 e 2012, atuou como gerente geral da filial americana Ceres, que estava interessada em produzir sorgo sacarino para a fabricação de etanol.

Os contatos com estudiosos e especialistas da área já ocorreram na conceituada Universidade Cornell, nos Estados Unidos, onde tornou-se PhD em biotecnologia “A Copersucar me deu oportunidade para que pudesse me especializar ainda mais em melhoramento. Foi um grande aprendizado em uma universidade top americana, que desenvolvia modernas técnicas de biologia molecular aplicadas em outras culturas. Mas, ainda não tinham sido utilizadas em cana-de-açúcar”, conta. A tese dele foi sobre a aplicação de algumas dessas tecnologias em cana. Ele estudou nos Estados Unidos de 1989 a 1992.

No Projeto Genoma Cana – financiado pela Fapesp e Copersucar –, que ocorreu na década de 1990, William Burnquist foi coordenador de relações internacionais. Nessa época, liderou também o consórcio internacional de biotecnologia de cana, que contava com a participação de pesquisadores e especialistas do Brasil, Estados Unidos, Guatemala, Colômbia, Equador, Argentina, África do Sul, Austrália, Índia.

“O consórcio permitiu que os países com menos recursos para pesquisa de cana pudessem participar do conhecimento que estava sendo desenvolvido. Foi um período muito bom. Possibilitou que eu criasse uma rede de contatos, que tornou-se muito importante para o desenvolvimento da minha carreira. O meu conselho é que jovens pesquisadores comecem a se relacionar com outros pesquisadores para criar esse network”, enfatiza.

O idealizador da CopaCana participou também ativamente do renomado ISSCT – The International Society of Sugar Cane Technologists, que promove, a cada três anos, um congresso de técnicos e especialistas de países produtores de cana. “Fui membro durante muito tempo e participei do Comitê Executivo do ISSCT por 12 anos. Nesse período trouxemos o congresso para o Brasil. Foi a terceira vez que o evento ocorreu no país. A participação nessa instituição foi também superimportante para networking”, destaca.

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