Por Estadão
A Oitava Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP 8), em Curitiba, termina nesta sexta-feira. Os impasses não. E após terem resistido a duas semanas de reuniões, dão sinais de que continuarão sem solução à vista.
Entre os principais assuntos debatidos na COP - nos últimos dias até a madrugada - está a criação de um regime de acesso genético e de repartição de benefícios que proteja o patrimônio natural contra a biopirataria. Aqui, a divisão que se viu é velha conhecida.
De um lado, o Brasil e os outros 16 países megadiversos, como África do Sul, China, Índia, Indonésia e México, que defendem a adoção, até a próxima COP, em 2008, na Alemanha, do tal regime. De outro, nações mais ricas, como Austrália, Canadá, Japão, Nova Zelândia, que tentam adiar o processo, de preferência por muito tempo - em tempo, os Estados Unidos nem são signatários da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), resultado da Rio-92.
Em grandes conferências, como a COP, números de extinção em massa não param de ser repetidos, mas esses, da mesma forma que os discursos pedindo por ações concretas, parecem não influenciar o ritmo lento das negociações e das trocas de opiniões. Mas, segundo alguns especialistas, a lentidão não é necessariamente um mau sinal.
"Costumo dizer que é muito melhor um acordo multilateral ruim do que um bilateral bom, pois é importante que exista sempre o consenso", afirma Wagner Ribeiro da Costa, geógrafo da Universidade de São Paulo, à Agência FAPESP. O problema é que o aceite de todos os países que ratificaram a CDB pode demorar muitos anos, e um sem fim de reuniões internacionais como a COP.
Os mais otimistas acreditam em conquistas imediatas. "Acredito que teremos, na COP 8, avanços significativos entre os principais temas, como é o caso do acesso genético e da repartição de benefícios", disse Marina Silva, ministra do Meio Ambiente.
Se Marina e os delegados brasileiros querem puxar a corda para que tudo seja resolvido até 2008, os países contrários fazem um jogo de linguagem para não parecer que defendem o livre acesso aos recursos genéticos. E tentam fazer com que as regras sejam as mais simples possíveis e deixar o fator tempo em suspenso.
A Oitava Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP 8), em Curitiba, termina nesta sexta-feira. Os impasses não. E após terem resistido a duas semanas de reuniões, dão sinais de que continuarão sem solução à vista.
Entre os principais assuntos debatidos na COP - nos últimos dias até a madrugada - está a criação de um regime de acesso genético e de repartição de benefícios que proteja o patrimônio natural contra a biopirataria. Aqui, a divisão que se viu é velha conhecida.
De um lado, o Brasil e os outros 16 países megadiversos, como África do Sul, China, Índia, Indonésia e México, que defendem a adoção, até a próxima COP, em 2008, na Alemanha, do tal regime. De outro, nações mais ricas, como Austrália, Canadá, Japão, Nova Zelândia, que tentam adiar o processo, de preferência por muito tempo - em tempo, os Estados Unidos nem são signatários da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), resultado da Rio-92.
Em grandes conferências, como a COP, números de extinção em massa não param de ser repetidos, mas esses, da mesma forma que os discursos pedindo por ações concretas, parecem não influenciar o ritmo lento das negociações e das trocas de opiniões. Mas, segundo alguns especialistas, a lentidão não é necessariamente um mau sinal.
"Costumo dizer que é muito melhor um acordo multilateral ruim do que um bilateral bom, pois é importante que exista sempre o consenso", afirma Wagner Ribeiro da Costa, geógrafo da Universidade de São Paulo, à Agência FAPESP. O problema é que o aceite de todos os países que ratificaram a CDB pode demorar muitos anos, e um sem fim de reuniões internacionais como a COP.
Os mais otimistas acreditam em conquistas imediatas. "Acredito que teremos, na COP 8, avanços significativos entre os principais temas, como é o caso do acesso genético e da repartição de benefícios", disse Marina Silva, ministra do Meio Ambiente.
Se Marina e os delegados brasileiros querem puxar a corda para que tudo seja resolvido até 2008, os países contrários fazem um jogo de linguagem para não parecer que defendem o livre acesso aos recursos genéticos. E tentam fazer com que as regras sejam as mais simples possíveis e deixar o fator tempo em suspenso.
Fonte: Estadão