Pesquisadores paulistas concluíram mais uma etapa da complexa tentativa de produzir um soro capaz de proteger o organismo dos danos causados pelo veneno de abelhas. Em testes com células cultivadas em laboratório e em experimentos com camundongos, o bioquímico Mario Sérgio Palma e seu grupo na Unesp de Rio Claro demonstraram que o soro desenvolvido por eles evitou os danos mais frequentes das ferroadas. "Conseguimos neutralizar 95% dos efeitos nocivos do veneno nos camundongos avaliados", diz Palma.
Nos testes os roedores tratados com o soro sobreviveram a doses elevadas de veneno, que em seres humanos equivaleriam a centenas de ferroadas, como é comum nos acidentes graves. Nessas situações, o composto impediu a destruição das células sanguíneas que transportam oxigênio e gás carbônico, um dos efeitos iniciais do veneno. Composto por anticorpos extraídos do sangue de cavalos, o soro evitou também os danos nas células musculares, uma das primeiras afetadas no envenenamento, e protegeu os rins, o fígado e o coração dos animais das lesões que surgem até 72 horas após o ataque de um enxame.
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