Leptospirose, tétano, hepatite A e as diarreias agudas são algumas das doenças que podem surgir a partir do contato com a água contaminada
Estamos no período chuvoso e o contato com as águas de enxurradas ou alagamentos é muito comum, o que pode causar problemas graves de saúde.
Segundo o médico infectologista Unaí Tupinambás, várias doenças que trazem riscos imediatos para a saúde podem ser transmitidas pelo contato com as águas das chuvas, como por exemplo, leptospirose, tétano, hepatite A e as diarreias agudas. Além disso, o risco de contato com animais peçonhentos é grande durante os alagamentos.
As pessoas que, porventura, tiverem contato com águas de enchentes devem ficar atentas aos sintomas que podem variar de acordo com a doença, assim como o tratamento:
Diarreias agudas
Sintomas: dor de barriga, febre e fezes amolecidas.
Tratamento: Procurar unidade básica de saúde pra receber orientações e fazer hidratação oral frequente.
Leptospirose
Sintomas: Dor de cabeça, febre, mal-estar e dor no corpo.
Tratamento: Procurar unidade de saúde e relatar que teve contato com água de enchentes. O tratamento é feito com uso de antibiótico. Em casos graves é necessária a internação. Quanto mais precoce for o diagnóstico, mais eficaz será o tratamento, por isso a importância em avisar sobre o contato com as águas das chuvas.
Hepatite A
Sintomas: Febre, mal-estar, enjoo, fezes claras, urina escura e amarelão nos olhos.
Tratamento: Procurar unidade de saúde e relatar que teve contato com água de enchentes.
Prevenção:
“A prevenção é mais difícil, porque é evitar o contato com as águas das chuvas. Quando evitar o contato não for possível, ficar o menor tempo possível. Quanto mais tempo ficar em contato com água da enchente, mais chances de contrair alguma doença. Sair o mais rápido da área alagada e ficar em local seco e seguro”, detalha Unaí Tupinambás.
Teste rápido para detectar leptospirose
Nesta semana, o Instituto Butantan divulgou que desenvolveu um exame que será capaz de detectar a leptospirose no estágio inicial. Com isso, o tratamento poderia ser iniciado precocemente, melhorando a qualidade de vida dos pacientes e evitando a evolução da doença para o estágio mais grave. Já que, segundo o médico infectologista Unaí Tupimambás, entre os casos graves de leptospirose a mortalidade é alta.