O projeto Convida, feito em parceria com a Prefeitura de Paulínia e a Unifesp (Universidade Federal do Estado de São Paulo) entra numa nova fase. Após fazer todo o raio-x da cidade, que traçou um panorama completo da influência do álcool na realidade de uma comunidade, formada por 55 mil pessoas, o projeto parte agora para a fase de intervenção.
Para isso, os resultados serão apresentados a todos os secretários para que haja uma interdisciplinaridade no tema. O pedido foi feito pelo secretário de Saúde, Almério Lima Aguiar. Serão traçadas metas no combate ao uso do álcool, como fiscalização, proibição de venda para menores de idade, fechamento de bares às 22h, legalização dos bares que vendem bebidas alcoólicas, conscientização e aplicação rigorosa das leis de trânsito para os motoristas que provocam acidentes pelo uso exagerado do álcool.
"Vamos falar da visita que tivemos dos componentes da OMS (Organização Mundial da Saúde), da renovação do contrato com a Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de São Paulo e outras coisas", disse a psicóloga coordenadora do projeto no município, Solange Trainotti.
A reunião foi marcada para o dia 21, às 13h30 na Câmara. O projeto será apresentado aos vereadores, já que eles não possuem o conhecimento completo que os secretários da cidade têm.
Paulínia foi objeto de um estudo que envolveu 40 estudantes da Unifesp. A cidade foi escolhida por ser pequena, mas com boa infra-estrutura. Durante o primeiro semestre, foram visitados 273 bares existentes no município e ouvidas dez mil pessoas sobre o assunto. Pelo menos 90% dos proprietários de bares disseram que não se preocupavam com a idade de seus clientes e vendiam bebidas alcoólicas, e 52,8% acreditam que não têm a mínima responsabilidade sobre o consumo exagerado de algum freguês.
(Da Redaçao)
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