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Construção de novo acelerador de partículas brasileiro vai começar este ano (1 notícias)

Publicado em 29 de janeiro de 2013

Segundo uma notícia divulgada pela FAPESP, deve ter início ainda este ano em Campinas a construção do "Sirius", um novo acelerador de partículas de terceira geração capaz de produzir imagens de maior resolução e emitir radiação com maior brilho do que o acelerador atual, o UVX, que pertence à segunda geração. O novo equipamento será construído em uma área de 150 mil metros quadrados ao lado das instalações do LNLS, onde se encontra o UVX.

O equipamento atual é o único na América Latina e conta com 16 estações experimentais (ou linhas de luz) que atendem cerca de 500 grupos de pesquisa por ano. Ele é capaz de emitir radiação de alto brilho em diversas frequências, que variam dos raios-x ao infravermelho, permitindo que os pesquisadores possam estudar a estrutura atômica dos mais diversos materiais e a forma como esses átomos estão distribuídos e interligados.

Entretanto, o UVX não é tão preciso quanto os aceleradores de partículas disponíveis nos EUA e na Europa. Segundo a FAPESP, o Sirius oferecerá resultados muito mais precisos do que o equipamento disponível no momento, além de contar com quase o triplo da capacidade atual, já que o projeto prevê a construção de 40 estações experimentais.

Ainda de acordo com a notícia, o projeto original também passou por diversas alterações, o que deve colocar o Sirius entre os aceleradores de maior brilho no mundo. Um exemplo dessas modificações foi a substituição do sistema de eletroímãs - que guiam a trajetória dos elétrons dentro do acelerador - por um sistema de ímãs permanentes para reduzir a necessidade de cabos de alimentação, e mudanças na câmara de vácuo e na rede magnética do acelerador.

A previsão é de que o projeto seja finalizado em 2016, e o custo estimado é de R$ 650 milhões. O novo acelerador poderá atender pesquisadores das mais diversas áreas, como da biofísica, química, medicina, nanotecnologia etc., além de atrair cientistas de renome de todo o mundo para realizarem aqui no Brasil os seus estudos.

Fonte: FAPESP, LNLS, CNPEM