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Conheça o telescópio gigante que vai ajudar a desvendar o Universo (5 notícias)

Publicado em 30 de agosto de 2022

Localizado no Observatório Las Campanas, no Chile, o telescópio conta com sete espelhos primários de diâmetro igual a 8,4 metros e sete espelhos secundários com 1,05 metros. Imagem: Divulgação/GMTBrO.

O mais novo vídeo institucional do Telescópio Gigante Magalhães (GMT, na sigla em inglês) foi divulgado no último dia 24 de agosto através das redes sociais. Ele será um dos telescópios que receberão uma nova classificação, a dos considerados extremamente grandes. O objetivo será observar a formação das primeiras estrelas, galáxias e buracos negros e analisar as propriedades de planetas fora do Sistema Solar.

O gigante deve começar a operar em 2029 e revelará parte ainda desconhecida do Universo. O escritório brasileiro do projeto (GMTBrO) pretende também despertar a curiosidade dos jovens através de vídeos de divulgação, da disponibilização de cursos a distância para professores de ensino médio e do fornecimento de materiais didáticos sobre o assunto.

Construído na cordilheira dos Andes, na região chilena de Atacama, ele será maior do que os outros telescópios ópticos já existentes. O projeto pertence ao GMTO Corporation, um consórcio de universidades dos Estados Unidos, da Austrália, do Brasil, do Chile, da Coreia do Sul e de Israel. A participação brasileira é liderada pelo Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP. Também participam da coordenação a Escola Politécnica (Poli) e o Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP, além de outras instituições brasileiras de pesquisa.

Quanto mais longe um telescópio consegue enxergar, mais antigas são as imagens. Isso acontece porque a luz dos astros demora a chegar até nós. Portanto, quando vemos através dessas lentes astronômicas superpotentes, enxergamos eventos mais próximos da origem do Universo do que os observados em telescópios menos robustos.

O GMT possui os sete maiores espelhos monolíticos do mundo, que formam uma área coletora total de 368 m². O aparelho soma 2.106 toneladas de peso total que flutuará sobre uma camada de óleo mais fina que uma folha de papel, mas suficiente para praticamente anular o atrito. O projeto teve um custo total de cerca de US$ 1 bilhão, sendo que US$ 45 milhões foram investidos pela Fapesp.

O nome foi inspirado na Grande Nuvem de Magalhães, observável do hemisfério sul e batizada pelo navegador português Fernão de Magalhães (1480 – 1521) apenas como Grande Nuvem durante sua viagem ao redor da Terra início do século 19.

Assessoria do GMT Brasil