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Conheça as 12 indústrias mais inovadoras do país (1 notícias)

Publicado em 17 de maio de 2007

No próximo dia 24 de maio, pesquisadores da Unicamp irão divulgar a primeira edição do Índice Brasil de Inovação (IBI) - um ranking com as 12 empresas inovadoras do setor de transformação. O lançamento do IBI e a premiação das empresas melhor classificadas acontecem durante sessão especial do VII Congresso Ibero-americano de Indicadores de Ciência e Tecnologia. Organizado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo e pela Rede Ibero-americana de Ciência e Tecnologia (Ricyt), o encontro será realizado de 23 a 25 de maio, no Hotel Blue Tree Convention Ibirapuera, em São Paulo.

Para permitir comparações do desempenho de diferentes empresas o Índice Brasil de Inovação estabelece quatro grupos de setores industriais com semelhantes intensidades tecnológicas: alta (I), média-alta (II), média (III) e média-baixa (IV) tecnologia.

No Grupo I, as primeiras colocadas foram as empresas Delphi, de sistemas automotivos, a Embraer, uma das maiores do mundo no setor aeroespacial, e a Marcopolo, fabricante de carrocerias de ônibus.

No Grupo II, foram classificadas a Silvestre Labs, que desenvolve medicamentos e faz pesquisa em dermatologia, em higiene oral e em doenças negligenciadas (como hanseníase e malária), a Vallée, de produtos farmacêuticos veterinários, e a Natura, do setor de cosméticos e produtos de higiene e perfumaria.

No Grupo III, as melhores colocadas foram a Brasilata, produtora de embalagens metálicas para aerossóis e para produtos perigosos, a Faber Castell, principal fabricante mundial de lápis de madeira plantada, presente em mais de 100 países, e Usiminas, maior complexo siderúrgico de aços planos da América Latina.

No Grupo IV, estão a Santista Têxtil, primeira multinacional brasileira do setor têxtil, a Grendene, do setor calçadista, e a Rigesa, subsidiária da MeadWestvaco Corporation com sete fábricas de embalagens de papelão ondulado e papel cartão no país.

A classificação das indústrias pelo IBI se baseia em informações da Pesquisa Industrial de Inovação Tecnológica (Pintec 2003/IBGE) e da Pesquisa Industrial Anual (PIA-Empresa-2003). Estas informações foram cedidas voluntariamente pelas empresas participantes e foram complementadas com dados sobre patentes fornecidos pelo Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI).

O IBI é um índice composto para dimensionar a capacidade inovativa empresarial. Ele mede os esforços para realizar inovação e os resultados obtidos das atividades inovativas. Como medidas de esforço são considerados, por exemplo, os valores despendidos pelas empresas em atividades necessárias para inovar, aquisição de máquinas e equipamentos e os recursos humanos envolvidos em pesquisa e desenvolvimento. A avaliação dos resultados das atividades inovativas considera indicadores como a participação dos produtos inovadores nas vendas totais e as patentes concedidas e depositadas.

A idéia de criar o IBI foi lançada em abril de 2005 e tomou forma graças ao apoio da FAPESP e do Instituto Uniemp. A equipe técnica responsável pelo desenvolvimento do projeto foi coordenada pelos professores Ruy Quadros e André Furtado, do Departamento de Política Científica e Tecnológica do Instituto de Geociências da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Desta primeira edição participaram 60 empresas.

A segunda edição do IBI deve ter início em agosto e será baseada nas informações da PINTEC-2005. Os pesquisadores do IBI pretendem ampliar a participação para outras atividades econômicas, além da indústria de transformação, como o setor de serviços.