A Unicamp e mais seis universidades públicas - USP, Unesp, Unifesp, Unitau, UFABC e UFSCar - estão reunidas para o 1º Congresso Paulista de Extensão Universitária (Copex), com o objetivo de pensar de maneira harmônica as ações junto à população. A abertura se deu na noite de domingo (26), no Centro Cultural de Inclusão e Integração Social (CIS-Guanabara), com uma conferência ministrada pelo professor Targino de Araújo Filho, reitor da UFSCar, seguida de coquetel. Paralelamente, acontece o 3º Congresso de Extensão Universitária da Unicamp. As mesas-redondas no Centro de Convenções e a exposição de paineis no Ginásio Multidisciplinar, intercaladas por apresentações artístico-culturais, vão até esta terça-feira.
A realização simultânea dos dois Congressos de Extensão Universitária visa, primordialmente, divulgar programas e projetos das instituições que prestam serviços para atender às necessidades sociais, principalmente no Estado de São Paulo. São ações que possibilitam aos alunos complementar a formação profissional atuando em situações reais, ao aplicar os ensinamentos em prol da população que tem maior dificuldade de acesso ao conhecimento, saúde e cultura. Em contrapartida, a interação com a sociedade permite à universidade adquirir novas informações para rever e atualizar seus cursos regulares de graduação e de pós-graduação, bem como as atividades de pesquisa.
Segundo o professor Mohamed Habib, pró-reitor de Extensão e Assuntos Comunitários da Unicamp, o 1º Congresso Paulista marca uma nova etapa de um trabalho que pró-reitores de universidades públicas - estaduais, federais e municipais - vêm articulando nos últimos anos. "Havia urgência em definir o conceito correto de extensão universitária: se ela está separada ou se deve fazer parte do ensino e da pesquisa. Chegamos à conclusão de que as três atividades devem acontecer juntas, já que a missão da universidade é formar cidadãos qualificados e gerar conhecimento para servir à sociedade. A extensão universitária é uma militância pelo sonho de transformar o Brasil em um país melhor".
Habib afirma que as universidades parceiras passaram a pensar de forma harmônica para construir projetos concretos e eficazes para a população. "O passo seguinte foi identificar as demandas da sociedade paulista, já que estamos num país continental e há diferenças regionais. Também buscamos o que existe em comum entre essas universidades, preservadas as características e a cultura de cada uma - sendo que estamos totalmente abertos também para as não-públicas. A ideia é que de cada mesa do congresso saia um documento, que servirá de instrumento para elaborarmos as etapas seguintes".
Eixos temáticos - Lisandro Pavie Cardoso, docente do Instituto de Física da Unicamp e coordenador do congresso, explica que as mesas-redondas giram em torno de oito temas: comunicação, saúde, trabalho, tecnologia, cultura, meio ambiente, direitos humanos e educação inclusiva. "São as áreas temáticas direcionadas pelo Fórum de Pró-Reitores de Extensão de Universidades Públicas Brasileiras (Forproex). Fora dos eixos temáticos, um debate bastante importante será sobre "A instituicionalização e financiamento da extensão universitária em interface com a pesquisa". Dele participam os professores Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da Fapesp, e Mário Neto Borges, presidente da Fapemig (MG)".