O Instituto Histórico Geográfico e Genealógico de Sorocaba (IHGGS) realizou ontem à noite uma solenidade em homenagem ao almirante Álvaro Alberto da Mota e Silva, considerado o pai da tecnologia nuclear brasileira e criador do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Diversas personalidades, representantes do Judiciário, das Forças Armadas, da Polícia Militar, entre outras, foram agraciadas com uma condecoração. A medalha entregue, em formato de átomo, presta homenagem ao papel crucial do almirante para a ciência nuclear brasileira.
O presidente do Instituto Histórico, professor Adilson Cezar, explica que o homenageado se destacou em três frentes: seu espírito cívico, o pioneirismo na energia nuclear do país e como instituidor da ciência no Brasil. "Ele conseguiu que o governo apoiasse a criação de centros de pesquisas para financiar brasileiros. O CNPq é resultado disso", relata. "Isso significa investir na formação do ser humano", afirma o professor. Álvaro também foi o representante brasileiro na Comissão de Energia Atômica (CEA) da Organização das Nações Unidas (ONU) e presidiu a Academia Brasileira de Ciências (ABC).
O secretário de Educação do Estado de São Paulo, José Renato Nalini, foi um dos homenageados da noite. Ele destacou a importância da pesquisa nas escolas e admitiu a necessidade de melhorias. "Em relação à pesquisa, há muito a ser feito", afirmou. O secretário citou iniciativas como a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e o Programa Nuclear da Marinha, desenvolvido em Sorocaba, ressaltando a importância de que sejam abordadas nas escolas. "Tudo isso precisa ser disponibilizado para que cada estudante, no seu nível de ensino, tenha despertada a curiosidade para fazer pesquisa", disse. Nalini disse ainda que considera a educação uma responsabilidade do Estado, da sociedade e da família.
A Casa Aluísio de Almeida, sede do IHGGS, recebe hoje, a partir das 15h, a palestra "Armênia, o início da humanidade? Certamente, um marco na história universal!", que será proferida por Vartan Manuel Gureghian Moumdjian, presbítero da Igreja Evangélica Armênia de São Paulo e diretor do Fundo Nacional Armênia.
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