A comunidade científica brasileira precisará investir ainda mais em pesquisa após o acordo entre a Fundação de Amparo à Pesquisa (Fapesp) e a empresa norte-americana Terremark, segundo Harmut Glaser, coordenador da Rede Ansp (Academic Network at São Paulo).
As duas instituições assinaram um termo de cooperação técnico científica que facilitará o intercâmbio entre os pesquisadores brasileiros e norte-americanos. Com o novo acordo, a Fapesp poderá ter acesso à rede de alta velocidade, denominada Internet 2, que interliga 180 universidades norte-americanas "Essa parceria representa uma faca de dois gumes: irá beneficiar as pesquisas brasileiras com a troca de informações entre as comunidades, mas o Brasil precisará investir mais na área científica para evitar o domínio dos Estados Unidos", diz Glaser.
Segundo Glaser, a nova parceria irá ajudar projetos brasileiros como o BIOTA, financiado pela Fapesp, que envolve o estudo da biodiversidade do Estado de São Paulo. Esse programa tem um convênio com a Universidade de Kansas. nos Estados Unidos, que utiliza a rede internet 2.
Há ainda o projeto chamado Tecnologia da Informação para o Desenvolvimento da Internet Avançada (T1DIA), que envolve todas as instituições de pesquisa do Estado de São Paulo para estudar a tecnologia da internet no Brasil. De acordo com a Fapesp, todos os pesquisadores envolvidos no programa poderão utilizar a complexa infra-estrutura que a Terremark irá montar para operar, manter e comercializar o Ponto de Troca de Tráfego (PTT). serviço até então operado pela Rede ANSP.
O PTT é um ponto neutro de interconexão na Internet onde os provedores de acesso e concessionárias de telecomunicações, como UOL, IG, Terra, AT&T LA, Telefônica e Diveo, trocam diretamente tráfego de clientes comuns, sem a intermediação da operadora Embratel.
A Rede ANSP foi criada em 1989, e é hoje um dos principais pontos de conexão na internet no Brasil com o exterior.
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DCI