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Como reconhecer que seu cavalo é um bom garanhão? - Cavalus (14 notícias)

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Mais do que uma questão genética, características do animal bem como manejo adequado interferem no resultado final. Nem sempre um filho de campeão terá destaque nas pistas, mas ele pode ser um bom reprodutor

Ao comprar um cavalo macho, a primeira pergunta que vem à cabeça é: será que ele é um bom garanhão?

Um garanhão se destaca no meio de seu grupo pelo seu comportamento. Ele á mais ativo, territorialista, levanta a cabeça com qualquer barulho estranho e está sempre alerta.

Afinal, na natureza, ele deve defender as fêmeas e potros, manter o grupo sempre seguro e os outros machos em seus respectivos lugares.

Porém, como identificar que este animal será um bom reprodutor e terá filhos campeões?

A primeira coisa que se vem à mente é a genética dos pais. Afinal, se ele tem pais com sangue campeão correndo nas veias, a probabilidade deste garanhão repassar isso para os filhos é grande.

Outro ponto que devemos observar é seu histórico como atleta. Afinal, filho de pais com sangue campeão e que ainda é campeão nas pistas, a chance de ter uma prole campeã é grande.

Filho de peixe, peixinho é?

Mas, não são raros os casos em que o garanhão não é bom nas pistas, tem um rendimento mediano, mas possui filhos campeões.

Segundo o médico veterinário e consultor do Laboratório Allele Biotecnologia, Daniel Costardi, não é apenas uma questão genética ou do indivíduo, é uma somatória de diversas variáveis.

“Chamamos de fenótipo, genótipo e ambiente. Além do animal ter uma boa genética, o que conta muito, desde potrinho ele precisa ter condições de ser um bom atleta. Ele precisa, então, nascer bem, não tem nenhum trauma, comer bem, ter desenvolvimento nutricional e muscular muito bons e ter uma boa doma para que ele aprenda a gostar da prova sem ter medo do humano. Essa somatória de fatores faz-se um bom indivíduo e ai sim ele pode encantar nas pistas”, explica.

Genética de qualidade

Ainda segundo Costardi existem duas coisas, a primeira é a genealogia, os pais deste garanhão, o quanto eles são bons e importantes para a raça “Isso já coloca neste animal uma carga genética positiva”, afirma.

Porém, talvez o indivíduo não seja tão bom em pista, mesmo com pais campeões, mas de acordo com o veterinário com certeza ele tem uma genética boa.

“O criador, vai analisar o fenótipo, a conformação e temperamento dele assim, apostar ou não para colocar o animal em reprodução”, pontua.

Colocando em reprodução, explica o veterinário, os primeiros filhos que vão competir Potro do Futuro, se eles derem resultados interessantes, o criador pode passar este garanhão para utilizá-lo na reprodução, pois ele produz bons animais para provas.

“Se estes filhos não forem tão bons, tiverem uma média normal, ai o criador aposenta este animal, as vezes até castra, e passa a utilizá-lo para pequenas provas, para outros fins”, ensina o veterinário.

Há, entretanto, uma lista grande de excelentes garanhões disponíveis para compra de sêmen, que são comprovadamente ótimos genitores. Essa estratégia pode ser mais segura e mais eficiente para a genética do plantel.

Exame de DNA

O exame de DNA no animal é a única garantia de atestar que ele é filho de pais de destaque no cenário da modalidade, e assim, por ter a genética correndo nas veias, pode repassar aos futuros filhos.

“O exame é a única maneira de um produtor atestar a filiação do animal. Aqui na Allele Biotecnologia nós realizamos o exame com toda a segurança e tecnologia, pois somos membros International Society of Animal Genetics (ISAG), ranking #1”, afirma.

Ressonância magnética em equinos traz mais precisão nos diagnósticos de imagem

Especialistas apontam que determinadas regiões do animal não são possíveis de acessar com os exames tradicionais, como raio-X e ultrassom, o que pode dificultar o diagnóstico de certas lesões

Na medicina humana, o diagnóstico de algumas lesões é impensável sem o uso da ressonância magnética. Na rotina da medicina ortopédica equina, atualmente existem dois principais métodos de diagnóstico por imagem: a ultrassonografia e a radiografia.

Na grande maioria das doenças, afirma o médico-veterinário Guilherme Alberto Machado, os exames, aliados, conseguem passar as informações necessárias ao especialista para diagnosticar o animal.

Entretanto, em algumas regiões do cavalo com alta incidência de lesões, o raio-X e o ultrassom são limitados quanto a geração de imagem de qualidade para o diagnóstico. “Alterações intraósseas, por exemplo, estes exames não conseguem nos oferecer uma imagem de qualidade. É aí que entra a Ressonância Magnética. Com o auxílio deste exame, conseguimos chegar nestas regiões, avaliando tanto alterações de tecido mole quanto ósseo em zonas cegas para o raio-X e o ultrassom”, afirma Machado.

Ainda, segundo o veterinário, outro benefício do exame é, através da imagem oferecida, a possibilidade de diferenciar lesões crônicas de agudas, estipular tempo e qualidade da cicatriz e definir com maior precisão o prognóstico das lesões encontradas.

“Na minha experiência, o maior desafio que temos na ortopedia equina são, primeiro, definir o diagnóstico com precisão e, após isso, conseguir definir o tratamento e consequente o prognóstico das lesões encontradas”, ressalta Rolando Perez, médico-veterinário sócio da Clínica Esportiva de Equinos Equi Alliance.

Exame facilita o diagnóstico

O prognóstico para esses cavalos e proprietários, explica o especialista, é o mais importante, pois o que eles querem saber, principalmente, é se a lesão é grave, se tem tratamento e se o animal voltará a competir em alto desempenho.

Presença do exame no Brasil

No último dia 28, a Clínica Guadalupe, localizada em Nova Santa Rita, há 15 km de Porto Alegre, inaugurou o primeiro aparelho de Ressonância Magnética em equinos da região Sul do país. Ele é o terceiro do Brasil, porém o segundo em atividade comercial.

A chegada do aparelho à região é um marco para os brasileiros e também para os vizinhos Uruguai e Argentina, que agora poderão contar com essa tecnologia.

“A importância na ótica principal desse exame é a prevenção de problemas maiores, que não são possíveis diagnosticar apenas através do raio-X ou da ultrassonografia. Problemas que podem ser solucionados antes que se tornem irreversíveis. Este método de exame nos possibilita avaliar, na mesma imagem, tecido ósseo e mole de maneira com que possamos diferenciar lesões agudas e crônicas, além de aumentar a precisão do diagnóstico em regiões anatômicas”, conta Dr. Rolando Perez.

Simpósio Sistema Locomotor Equino

A inauguração da máquina de ressonância magnética aconteceu durante o Simpósio do Sistema Locomotor Equino, realizado neste final de semana (29 e 30/01), em Porto Alegre/RS.

Promovido pela Clínica Guadalupe, o evento contou com um circuito de palestras, cujos temas são ligados ao diagnóstico de imagem, lideradas pelos veterinários MV. MsC. PhD Dr. Jairo Jaramillo Cárdenas, veterinário e fundador da Equarter Educação Continuada, Dr. Júlio Paganela, co-fundador da VetEqlin Ortopedia Equina, e Dr. David Parra, fundador da Clínica Veterinária Las Troyas no Chile.

Apoio da Vetnil

A Vetnil é uma das fortes parceiras da Clínica Guadalupe e, como empresa que investe em tecnologia voltada à saúde animal, não poderia deixar de estar junto desse projeto, que traz benefícios não só para a região Sul, mas todo o Brasil.

“Parabenizamos por esse importante investimento no setor, cujo impacto na Medicina Equina será extremamente positivo. Desejamos sucesso e que sua busca pela melhoria no atendimento e diagnóstico e atendimento veterinário seja exemplo para os demais profissionais”, pontua Cristiano Sá, diretor de Marketing da Vetnil.

Mormo volta a assustar o estado de Santa Catarina. Em 2021, foram registradas 18 propriedades com focos da doença localizadas no litoral norte do estado.

A região estava se preparando para conquistar, em 2020, o reconhecimento nacional de área livre da doença, quando os resultados positivos para o mormo surpreenderam a todos.

Os dados foram divulgados pela Coordenação Estadual de Sanidade dos Equídeos da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc).

De acordo com a coordenadora do programa, a médica veterinária Eleanora Schmitt Machado, os criadores devem redobrar os cuidados neste momento de retorno dos eventos agropecuários, além de colaborar com as ações para conter o aumento dos casos.

Ainda de acordo com a coordenadora é obrigatória a realização de exames no caso de transito de animais dentro e fora do estado, principalmente para a participação em eventos.

Estes exame, explica Eleonora, são realizados por um médico veterinário habilitado e a colheita do material deve ser enviada aos laboratórios credenciados junto ao Ministério da Agropecuária e Abastecimento (MAPA).

O que é mormo?

Causada pela bactéria Burkholderia mallei, a doença atinge principalmente os equídeos (cavalos, asnos, burros, etc.). A transmissão da doença ocorre pelo contato com secreções, pus, fezes ou urina de animais contaminados.

Os principais sintomas da doença são nódulos subcutâneos nas mucosas nasais, pulmões e gânglios linfáticos, além de catarro e pneumonia.

A taxa de mortalidade da doença é alta e gera graves consequências para os rebanhos. A partir da presença de um animal infectado na propriedade, o mormo pode ser transmitido para todos o rebanho pela água, ambiente onde a bactéria pode sobreviver por bastante tempo; utensílios e alimentos contaminados. Dessa forma, uma das principais medidas para evitar que a doença se espalhe é a desinfecção completa e rigorosa da propriedade.

O mormo é uma doença de interesse sanitário, econômico e social, que preocupa a todos, pois pode ser transmitida para humanos.

Não existe vacina ou tratamento para a doença, e os animais acometidos devem ser sacrificados para evitar a transmissão, por isso os cuidados com prevenção devem ser redobrados.

Presença de mormo

Ao notar algum sintoma suspeito de mormo ou anemia infecciosa equina é preciso notificar a suspeita às autoridades do município. Para manejar o animal com a suspeita é preciso utilizar máscara e luvas. É preciso isolar o animal infectado dos demais, mantendo-o afastado dos comedouros e bebedouros coletivos.

Os primeiros 12 meses de um cavalo são decisivos. É nesta fase que o potro deve atingir cerca de 70% de sua altura e é quando define estruturas fundamentais para uma vida atlética, como ossos, tendões e articulações. Mas para que o crescimento do animal seja completo, é preciso cuidado especial com a nutrição. Um processo de desmame bem feito, acompanhado com uma ração balanceada, é primordial para um crescimento adequado e saudável do equino.

De acordo com a médica veterinária e supervisora técnica de equinos da Guabi Nutrição e Saúde Animal, Claudia Ceola, até o 4º mês de vida, o criador já pode, e deve, introduzir a ração na dieta do potro. “A partir dessa fase, o leite da égua começa a diminuir em quantidade e qualidade. A ração deve ser introduzida para suprir as exigências nutricionais e já ir adaptando o potro para a fase de separação da mãe”, explica. Claudia recomenda que o desmame seja feito a partir do 6º mês, de forma lenta. “Não deve ser um processo brusco, o potro pode permanecer no local onde está acostumado, de preferência com outros cavalos da mesma idade e suas mães. Quem é retirada é a égua, desta forma o potro fica mais seguro e continua ambientado”, orienta.

Muitos criadores acreditam que a oferta de pasto é o suficiente para as necessidades do potro, porém, a também médica veterinária e supervisora técnica de equinos da Guabi, Natália Telles Schmidt, explica que o sistema digestivo dos potros exige atenção especial. “Até os 18 meses de vida, o intestino do cavalo não está colonizado pela microbiota adequadamente e a absorção de fibras é baixa, por isso, somente uma ração balanceada é capaz de oferecer o que o animal precisa nesta fase” alerta. Natália explica, ainda, que o potro de até 12 meses precisa de uma nutrição específica, rica em proteína com correto perfil de aminoácidos e com equilíbrio entre lipídeos e carboidratos solúveis. “A ração para potros é bem diferente da destinada aos cavalos adultos. Indicamos que o alimento seja composto de pelo menos 17% de proteína e por três aminoácidos essenciais, lisina, treonina e metionina”, explica.

Sinais de má nutrição

Assim como acontece com outras espécies, o cavalo já nasce com uma pelagem e deve fazer a troca até o 4º mês, em média. “É comum encontrarmos potros de 8, 9 meses com a pelagem de quando nasceram quando se tem uma pobre nutrição. Juntamente com a qualidade do casco, desenvolvimento e déficit em ossatura, esses são sinais de que a nutrição ofertada não está atendendo as exigências do animal”, explica Claudia. De acordo com a veterinária, existem outros sinais comuns de que o potro não está recebendo nutrientes adequadamente, entre eles estão o abdome abaulado, perda de musculatura e baixa altura de cernelha.

“Nem mesmo uma boa lactação é suficiente para garantir a nutrição nesta fase. É preciso oferecer uma suplementação junto com o volumoso para que o potro se desenvolva adequadamente”, alerta Natália. A veterinária ainda afirma que, se o potro recebe um aporte menor de nutrientes nessa fase, pode ser que ele não alcance a altura geneticamente potencial.

As duas veterinárias são unânimes em dizer que a palavra de ordem, quando o assunto é nutrição de potros é o equilíbrio. “Um animal subnutrido terá prejuízo no desenvolvimento, mas o excesso também é prejudicial. O sobrepeso é algo que merece atenção também”, completa Claudia.

Cocheira suja traz doenças ao seu cavalo

A higienização correta das cocheiras é fundamental para a garantia da saúde, qualidade de vida e desempenho dos cavalos.

Um dia que você se esqueça de realizar a higienização da cocheira é suficiente para transformar o espaço em um local nocivo aos cavalos, pois o acúmulo de fezes e urina colabora para a proliferação de diversas doenças.

A limpeza da cocheira deve ser realizada minuciosamente e diariamente. Os resíduos de fezes e urina devem ser retirados de duas a três vezes por dia. Todo o esterco retirado deve ser depositado em um esterqueira, longe da baia ou pavilhão para evitar a presença de moscas.

Os cochos e bebedouros devem estar bem limpos. Retire diariamente todo o resto de comida que ficou do dia anterior, limpando com uma escova e água corrente. Essa limpeza deve ser realizada após cada refeição, assim você evita que comida velha apodreça no cocho e seja ingerido pelo animal.

Fique atento ao bebedouro. Eles também devem ser higienizados diariamente. Os modelos de cimento acumulam mais sujeira que os de ferro, plástico ou fibra e são mais difíceis de limpar.

Apesar das teias de aranhas prenderem os insetos, não é aconselhável deixa-las no cocho. Para realizar a limpeza, não utilize vassouras comuns. Utilize uma “vassoura” de fogo – um tipo de maçarico ou lança-chamas ligado a um botijão de gás -, passando-o lentamente no teto do cocho e nas paredes para retirar todas as teias e espantar os insetos.

Cuidado com a rede elétrica. Procure a ajuda de um especialista para realizar a limpeza a fim de evitar acidentes.

Dê atenção as camas

Se a cama utilizada na sua cocheira for de serragem, areia ou maravalha, você precisa dar ainda mais atenção a higiene. O acúmulo de fezes e urina atrai moscas e contribui para a proliferação de micro-organismos causadores de diversas doenças.

A urina dos cavalos possui muito amônia, o que deixa o espaço ainda mais fétido.

Este cenário pode contribuir para o desencadeamento de doenças pulmonares nos cavalos como a Obstrução Aérea Recorrente (OAR) e Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), afecção muito frequente em cavalos atletas que provoca a diminuição da performance, intolerância ao exercício, dispneia expiratória, tosse e perda de peso nos casos crônicos.

Por isso, a recomendação é a limpeza e retirada dos materiais que tiveram contato com a urina e fezes do animal.

Além disso, mensalmente ou a cada 45 dias, troque toda a cama do cavalo.

Uma opção mais segura são as camas de borracha, pois garante uma melhor drenagem da urina e permitem uma limpeza mais fácil do local.

Indiferente do material escolhido, procure manter o espaço sempre bem limpo para garantir a saúde e o bem-estar do seu animal.

Uma boa notícia para o setor equídeo brasileiro. Pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp), de Botucatu/SP, encontraram em um gene de cavalos uma mutação causadora de uma forma de nanismo que pode levar à morte embrionária ou ao nascimento de animais com problemas respiratórios, alimentares e de crescimento ósseo. Além da descoberta, descrita na revista Scientific Reports, os pesquisadores desenvolveram um teste para detecção do problema, de forma a evitar que a mutação seja passada adiante em cruzamentos.

“A enfermidade, conhecida como nanismo condrodisplásico, apresenta elevada prevalência em criadouros de equinos de raças pônei, uma vez que a seleção de animais de pequena estatura foi acompanhada pelo aumento da prevalência de mutações genéticas associadas a alterações musculoesqueléticas”, conta José Paes de Oliveira Filho, professor da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ-Unesp) e coordenador do estudo.

O trabalho integra o projeto Estudo clínico e molecular do nanismo do tipo condrodisplásico em equinos da raça Mini-Horse no Brasil, financiado pela FAPESP, e é um dos resultados do doutorado e Danilo Giorgi Abranches de Andrade na FMWZ – Unesp.

Oliveira Filho explica que um grupo de equinos de baixa estatura é identificado pela palavra pônei, mas que esta não significa necessariamente uma raça de cavalo. “Existem diversas raças de pônei no mundo, sendo uma delas a Mini-Horse brasileira. Além dos relatos nas raças pônei, o nanismo também já foi descrito em equinos da raça Friesian”, conta o pesquisador.

As características fenotípicas mais evidentes, e que ajudam a diferenciar os animais afetados dos saudáveis, são a baixa estatura, o corpo desproporcional com alterações cranianas, prognatismo (mandíbula projetada para frente) e membros tortuosos.

Mutação

“Quatro mutações causadoras do nanismo condrodisplásico já haviam sido descritas antes do início da nossa pesquisa e estão localizadas no gene aggrecan. Porém, a genotipagem de animais clinicamente afetados provenientes de fazendas no interior de São Paulo não detectou nenhuma dessas mutações, o que nos levou a suspeitar de que haveria outra mutação ainda não descrita nesse ou em outro gene”, explica Andrade.

Os pesquisadores então sequenciaram o RNA mensageiro codificado pelo gene dos equinos com nanismo condrodisplásico à procura de alterações genéticas que pudessem explicar o fenótipo dos indivíduos afetados. Foi encontrada uma substituição de uma base nitrogenada que acarretava a troca de um aminoácido por outro e, consequentemente, na perda de função da proteína codificada pelo gene e no aparecimento dos sinais clínicos.

Além disso, levando em consideração as frequências alélicas das cinco mutações, o estudo estimou que a prevalência de equinos da raça Mini-Horse clinicamente afetados (anões/homozigotos) e de carreadores da mutação (heterozigotos) no Brasil foi de 15,4% e 47,7%, respectivamente.

Os pesquisadores patentearam um teste capaz de identificar o genótipo e buscam parceiros para comercializar o produto, que vai ajudar criadores a selecionar os acasalamentos e a evitar que a mutação seja passada para as próximas gerações.

“Como a doença apresenta caráter autossômico recessivo, mesmo os progenitores que apresentam fenótipo normal podem ser portadores da mutação. A implementação desse teste será imprescindível na orientação dos acasalamentos de animais destinados à reprodução, podendo diminuir a prevalência e a ocorrência do nanismo condrodisplásico, evitar o nascimento de cavalos anões, perdas de matrizes e potros e, consequentemente, favorecer o bem-estar animal nas criações de cavalos de raças pônei”, encerra Oliveira Júnior.

Por: Agência Fapesp

Manejo de vermifugação é peça-chave para a saúde e o desempenho dos cavalos

A equinocultura é uma atividade em alta no território brasileiro. Em 2020, por exemplo, o rebanho de cavalos no Brasil cresceu 1,9% em relação a 2019, segundo pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dessa forma, criar equinos com cada vez mais qualidade é uma prioridade para os produtores.

Por isso, a vermifugação é um manejo essencial para estes animais, a fim de garantir a saúde e o bom desempenho deles, em qualquer atividade às quais são submetidos. “As doenças parasitárias representam uma das maiores ameaças aos equinos, pois afetam diretamente a qualidade de vida e o desempenho desta espécie”, explica o médico-veterinário, Guilherme Ito.

Os sintomas mais comuns nos cavalos parasitados variam entre diminuição do apetite, comprometimento na absorção de nutrientes, com eventual perda de peso, lesões de pele, pelo arrepiado e seco, prurido anal, cólicas recorrentes, diarreias com sangue ou sem e desidratação. Dependendo da gravidade da infecção, o animal pode vir a óbito.

“O manejo de vermifugação nos equinos deve ser realizado periodicamente, iniciando aos 60 dias em potros e repetindo a aplicação de vermífugo a cada dois ou três meses. Em animais adultos, a indicação é repetir doses com intervalo de três a quatro meses”, recomenda o médico-veterinário.

Fazer o acompanhamento dos animais por meio de exames parasitológicos de fezes é essencial para verificar a eficácia do tratamento e, consequentemente, garantir o controle das doenças parasitárias.

“Os cuidados com os equinos não devem parar na vermifugação. Nutrição e vacinação são dois pontos essenciais para a saúde destes animais, além da atenção que deve ser dada para a limpeza dos ambientes frequentados pelos cavalos, dessa forma reduzindo as chances de contaminação”, finaliza o médico-veterinário.

A aplicação da quiropraxia em potros tem trazido resultados muito positivos à animais que nascem com algum tipo de alopatia ou mesmo para auxiliar o animal nesta nova etapa de sua vida.

Segundo a médica veterinária e quiroprata Dr. Camila Morandini a técnica pode ser adotada nos animais logo após o nascimento, promovendo benefícios significativos. “A aplicação da técnica em potros traz equilíbrio corpóreo ao animal, uma vez que hoje, com a evolução da técnica tratamos a musculatura que é a responsável por sustentar todos os ossos do animal e não mais os ossos propriamente dito”, explica a profissional.

O recomendado, ressalta Dr. Camila, é o animal receber a primeira sessão de quiropraxia logo nos primeiros dias de vida, e repetir a cada 3 meses.

Escoliose

Um dos casos de sucesso reportados pela veterinária é o de uma potra com uma escoliose muito severa que foi diagnosticada pelo veterinário da propriedade logo nas primeiras horas de vida. Após a realização de uma ultrassonografia, veio a confirmação do resultado.

“Eu particularmente nunca tinha visto algo assim”, Dr. Tulio de Carvalho Freitas

Segundo o veterinário responsável pelo haras, Dr. Tulio de Carvalho Freitas, a potra da raça Margalarga Marchador, ao nascer, apresentou o problema. Inicialmente, ele acreditou que se tratava de uma fratura em uma das costelas ocasionada no parto. Entretanto, após a ultrassonografia, foi constatado que ela não tinha nenhuma quebradura. “Com isso, acionei a Dr. Camila, pois já conhecia os benefícios da quiropaxia para animais que praticam esportes” afirma Dr.Freitas.

“O veterinário me ligou assim que foi diagnosticado e com apenas dois dias de vida, iniciamos o tratamento”, pontuou Dr. Camila.

No início, se imaginava que a quiropraxia daria apenas qualidade de vida ao animal

Com apenas uma sessão, a potra recuperou a postura e hoje, segundo Dr. Freitas, se observarmos ela ao pasto, junto de outros animais é impossível imaginar o problema que ela teve.

“Um caso bem interessante, eu particularmente nunca tinha visto algo assim. Neste em específico, até a Dr. Camila imaginou que iríamos apenas melhorar sobrevida da potra, mas nunca imaginaríamos que teríamos o resultado que tivemos. Hoje ela praticamente não tem mais nada”, comemora o veterinário.

Hoje, segundo o veterináro do haras, a potra está praticamente curada

Rapidez no diagnóstico

O sucesso do tratamento, explica a profissional, foi resultado do diagnóstico precoce feito pelo veterinário e a rapidez com que a equipe a chamou para iniciar a quiropraxia. “Os ossos da égua ainda eram muito molinhos, cartilagem, e com isso conseguimos, aos poucos, sem força e sim com técnica, moldar sua coluna para que ela pudesse ter uma vida normal”, ressalta Dr. Camila.

Dr. Camila Morandini ministra cursos sobre quiropraxia em equinos

Segundo ela, se a técnica não fosse aplicada logo no início, os resultados não teriam sido tão satisfatórios. “Muitos alunos vieram me consultar sobre casos em que não foram obtidos sucessos como o dela, e expliquei que isso se deu em virtude do tempo que demoraram para iniciar o tratamento. É uma luta contra o relógio, quanto mais demoramos para diagnosticar, menores as chances de cura”, finaliza Dr. Camila.

à reprodução, é hora de avaliar quais foram os erros ou quais são as patologias existentes neles, para tratar os animais e prepará-los para a próxima estação.

Conversamos com o especialista em reprodução equina, o médico veterinário Orpheu de Souza Ávila Júnior para saber quais são os principais problemas enfrentados por criatórios com estações de monta ruim e como solucioná-los para a próxima.

Segundo o especialista o primeiro passo é diagnosticar qual foi o problema, se é patológico ou mesmo uma questão de manejo.

Machos

Em machos, explica, um dos problemas enfrentados é a degeneração testicular que resulta na redução da produção espermática ou, até mesmo, na interrupção total dela. Acomete mais os garanhões com idade avançada. A doença pode ou não ser tratada, de acordo com a gravidade do quadro.

Além de patológico, o problema pode ser no manejo, seja na frequência da coleta do sêmen, diluente, entre outros. “Hoje existem algumas técnicas que podem ser aplicadas para melhorar a qualidade do sêmen. Se é um sêmen resfriado, por exemplo, quando ele chega ao local de destino, se não estiver tão bom, ele pode ser manipulado para melhorar a qualidade antes de inseminar a égua”, explica.

Médico veterinário Dr. Orpheu de Souza Ávila Júnior, especialista em reprodução equina

Fêmeas

Entre as matrizes, o problema mais enfrentado é a endometrite que pode ser aguda ou crônica, uma inflamação no endométrio do animal. Pode ter causas diversas e levar as éguas à subfertilidade ou a infertilidade total.

Alguns animais, explica o especialista, são mais suscetíveis a essa condição devido à sua anatomia, idade ou histórico reprodutivo.

No caso da endometrite crônica, é uma doença muito difícil de trabalhar, pois não é possível eliminar o problema, tem que conviver com ele e tentar manejá-lo da melhor maneira possível durante a estação.

O criador, afirma o veterinário, precisa ter ciência que a égua tem esse problema e durante a estação tomar as medidas cabíveis nestes casos para evitar a inflamação.

Hoje, aponta o especialista, existem anti-inflamatórios modernos que podem ser administrados para o tratamento da endometrite que não atrapalham a ovulação do animal. Outra ferramenta que pode auxiliar no controle da inflamação é o PRP – Plasma Rico em Plaquetas, que evita o acúmulo de líquido no útero, entre outros. “O veterinário precisa se antecipar para que a égua não desenvolva a inflamação e/ou infecção e possa assim, ter um ciclo produtivo com embriões ou prenhes”, pontua.

Ainda segundo Dr. Orpheu, se o animal tiver um problema de baixa imunidade por ser velha, por exemplo, ou um problema anatômico como uma fibrose nas cervix que não permite essa limpeza normal do útero, este acaba se tornando um meio propício para o aparecimento do problema” ressalta Dr. Orpheu.

Baixo índice de ovulação

Existem ainda éguas que possuem um baixo índice de ovulação, com vários ciclos com folículos anovulatórios. “Nestes casos, precisamos diagnosticar o motivo. Se é uma questão hormonal ou nutricional para tratarmos antes da próxima estação”, afirma.

Ainda segundo o especialista, essa estação já está chegando ao fim, não tem mais ações que possam ser realizadas para corrigir os erros ou patologias, mas é uma ótima oportunidade para diagnosticá-los e trata-los para que a próxima estação seja mais produtiva.

Você que acabou de comprar um cavalo e está animado com o novo membro da família, sabe quais são os cuidados essenciais que devemos manter para o animal potencializar seu desempenho e se estar sempre saudável?

Assim como nós humanos, os cavalos possuem necessidades básicas que devem ser mantidas, como a prática de exercícios físicos, fornecimento de uma alimentação balanceada e cuidados no que diz respeito à higiene e limpeza.

Comece pela baia

O primeiro passo é providenciar uma baia. Além de proteger o animal do clima e promover seu bem-estar, as baias oferecem conforto e por isso, devem estar sempre bem cuidadas.

Elas devem permitir a movimentação do animal, por isso devem ter 4×4 metros, com uma porta com, no mínimo, 2m20 por 1m40 de largura.

O cocho de ração e de água devem estar em sentidos opostos para que o cavalo não acabe molhando a comida, diminuindo sua qualidade.

Existem dois tipos de pios: impermeáveis e permeáveis. O piso impermeável deve ter um sistema de drenagem auxiliar com inclinações para que a urina e água possa correr para fora da baia. Eles são confeccionados em concreto (um dos mais comuns, devido à durabilidade e fácil manutenção) ou de borracha.

Já os pisos permeáveis são produzidos com areia, carvão, cascalho, entre outros materiais que ajudam a promover o movimento da água para baixo.

Lembrando que o cavalo é muito sociável e não gosta de ficar isolado. O contato visual com outros animais ameniza o problema quando o confinamos em uma baia.

Qual é o tipo de alimentação ideal?

A alimentação ideal do cavalo deve conter feno, grãos, sais, minerais e aveia. Ela deve ser oferecida em pequenas porções várias vezes ao dia, com o fornecimento contínuo de água limpa e fresca sempre à disposição, além de estar com as proporções corretas de nutrientes.

Você ainda pode oferecer volumosos e concentrados enriquecidos com vitaminas, proteínas e outros componentes necessários para o bom desenvolvimento do animal. A proporção correta deve ser administrada pelo seu veterinário de confiança, pois elas podem variar de acordo com o animal, idade e peso.

Uma alimentação balanceada proporcionará o melhor desempenho do seu animal

Cascos dos cavalos merecem uma atenção especial

Os cascos do animal precisam de cuidados especiais para evitar calos e infecções que possam causar problemas ao cavalo.

O casqueamento protege os cascos do equino e corrige os aprumos. O casco, assim como a unha dos humanos, cresce cerca de 8,5 milímetros por mês. Com isso, o ideal é realizar o casqueamento mensalmente.

Realize o casqueamento mensal

Os pelos também merecem atenção

Os pelos dos cavalos é um requisito essencial para o animais que participam de exposições e apresentações, por isso, precisam estar sempre bem cuidados.

A escovação dos pelos do animal é um momento de contato entre animal e criador, que estimula uma relação de confiança entre eles.

Escove seu animal com uma escova com cerdas mais duras após uma cavalgada, pois retira a sujeira grossa mais facilmente, além de relaxar a musculatura do animal com os movimentos.

Se estiver muito quente, aproveite para realizar uma ducha, pois promove o relaxamento além de mantê-lo sempre limpo e com os pelos brilhantes.

Escovar o cavalo com uma escova de cerdas duras ajuda a relaxar a musculatura

Cuidados com a vacinação

Assim como as crianças, mantenha a vacinação do seu cavalo sempre em dia, pois a maior parte das enfermidades pode ser evitada se o programa de vacinas for seguido à risca.

Lembrando que, para realizar a vacinação, os cavalos devem estar livres de parasitas, por isso é preciso vermifugar com frequência.

Com isso, mantenha uma visita periódica do veterinário para que ele possa te instruir quanto as datas corretas para a vacinação e a aplicação do vermífugo.

Os dentes do cavalo merecem atenção

A saúde dos equinos também começa pela boca, por isso a manutenção periódica dos dentes com um especialista é fundamental, pois desordens orais são responsáveis por 10% dos atendimentos veterinários em cavalos.

Equinos com problemas nos dentes podem sofrer com perda de peso, descarga nasal, aumento da agressividade, acumulo de alimentos na boca, dificuldades de mastigação e aumento de volume na face e mandíbula.

Animais que ficam confinados precisam de uma atenção ainda maior, pois sua dieta é baseada em grãos processados e feno, que são mais macios e proporcionam um menor desgaste dental. Os dentes dos equinos não param de crescer e precisam deste desgaste para se manter no tamanho ideal.

O recomendado é que o animal receba a visita de um especialista pelo menos duas vezes por ano.

Vale ressaltar que os cavalos que possuem a saúde bucal em dia respondem melhor aos comandos na hora de montar, além de estar em plenitude para oferecer todo o seu potencial.

Com a chegada do calor, as moscas começam a aparecer nos pastos e a incomodar os cavalos. Mais do que estressar os animais, elas podem irritar e inflamar os olhos e trazer doenças, como Habromenoze, também conhecida como ferida de verão, uma doença propagada pela larva da mosca, que se aloja no canto do olho ou na terceira pálpebra, causando uma ferida no órgão, promovendo a queda de rendimento do animal.

Olhos do cavalo são os maiores, se comparado à outras espécies terrestres, e com isso, são mais suscetíveis à problemas. Por isso, os criadores precisam estar atentos a este problema das moscas e proteger os animais.

A MReis é uma empresa especializada em acessórios equinos que trazem bem-estar não apenas ao cavaleiros, mas aos cavalos, e possui um linha especial de máscaras protetoras contra moscas.

Marcos Reis, proprietário da marca, ressalta a importância de proteger o animal das moscas

Segundo Marco Reis, proprietário da marca, são máscaras especiais, desenvolvidas para todos os perfis de cavalo, desde os mais mansos, que aceitam colocar qualquer tipo de acessório, até os mais agitados, que não aceitam.

A marca possui quatro tipos de máscaras: Véu de Mosca, Máscara Anti-mosca de Elastano, Máscara Anti-mosca Fly Mask e a Máscara Anti-mosca Longa Fly Mask.

São quatro modelos disponíveis para todos os perfis de animais

A Véu de Mosca é presa no cabresto e a medida que o animal de movimenta, os cadarços da “franja” se movimentam espantando as moscas. Pode ser utilizada em animais encocheirados como também em pasto.

O modelo anti-mosca fabricado em elastano se adapta perfeitamente ao rosto do cavalo de maneira confortável. A tela de poliéster ao redor dos olhos e orelhas permite uma visão clara do animal. Este modelo também possui uma versão com tecido estampado.

A Máscara Anti-mosca Fly Mask além de proteger das moscas, ameniza a incidência solar no rosto do animal. Fabricada em tela, não atrapalha a visão do cavalo, é confortável, resistente e de fácil colocação e limpeza. O modelo possui lã na parte do focinho para maior conforto e fechamento em velcro com regulagem.

Máscara Anti-mosca Longa Fly Mask também oferece proteção contra moscas e ameniza a incidência solar na região, protegendo as orelhas, narinas e olhos do cavalo. A máscara de mosca é fabricada em tela, não atrapalha a visão do cavalo, confortável, resistente, e de fácil colocação e limpeza. Possui fechamento em velcro e elástico que possibilita uma melhor regulagem.