Com o passar do tempo, a sociedade apresenta novas necessidades e, consequentemente, novas demandas. Para atendê-las, tem surgido cada vez mais novas abordagens administrativas e nichos explorados pelo mundo corporativo.
O advento tecnológico e um mundo altamente conectado e globalizado aceleram ainda mais esse cenário, exigindo que um novo caminho seja percorrido pelos mais atentos. No entanto, para manter seu produto ou serviço interessante para o mercado, promover inovações é fundamental na lógica corporativa.
Incorporar o comportamento inovador, no entanto, não é algo tão fácil e natural, mas sim algo que requer capacitação, aperfeiçoamento, treinamento e estímulo criativo.
É comum nos depararmos com gestores engessados que esperam ver seus negócios decolarem, mas não abrem mão das práticas tradicionais e não dão lugar à inovação. Considerando que estamos em constante mudança, tal qual o meio em que vivemos, negligenciar novas práticas mercadológicas é abrir mão do crescimento.
Pensando nisso, apuramos um compilado com algumas dicas de como incorporar a inovação em modelos de negócio. Acompanhe.
Afinal, o que são inovações em modelos de negócio?
Tradicionalmente, entendemos por modelo negócio o processo que traduz a lógica de como a empresa cria um produto ou serviço, entrega-o ao consumidor e captura valor com isso. O modelo de negócios, portanto, expressa o que a empresa irá vender, como irá criar e custear seu produto ou serviço e como irá torná-lo rentável.
No referido processo, são determinados dados como público-alvo, parcerias estratégicas, estudo mercadológico acerca do nicho explorado, método de produção e demais informações técnicas pré-produção.
Esse processo é comumente adotado pelas empresas e corporações ao redor do mundo, uma vez que se trata de um modelo amplamente divulgado, antigo, mas eficiente.
No entanto, pensando em termos de inovação, os modelos de negócios devem ser capazes de criar soluções úteis e que atendam aos novos contextos de maneira flexível e adaptável às necessidades.
O modelo canvas de negócio
Business Model Canvas diz respeito a um mapa de negócios criado pelo suíço Alexander Osterwalder, que vem sendo adotado por inúmeros gestores e escolas de marketing e administração no mundo todo.
O modelo também foi adotado por um grupo de gestores integrantes da FAPESP, que identificaram a necessidade de uma mudança brusca em seu modelo de negócios, já que, por diversas circunstâncias, seu produto não estaria apto a adentrar no mercado.*
O modelo sugere que um roteiro seja feito quando uma ideia está prestes a tomar vida. Nesse roteiro, é preciso responder às seguintes perguntas:
Qual produto/serviço será criado? Esta resposta refere-se à proposta de valor; Quem irá consumir? A definição do público-alvo é fundamental para traçar estratégias de como se comunicar e chegar a ele; Como isso será feito? Aqui entra em jogo a análise de recursos, captação de renda e parcerias estratégicas; Custos de produção – Refere-se à estipulação da receita necessária para custear a produção do seu produto. Epistemologia de métodos inovadores
Se valer de um método inovador irá afetar no resultado final obtido. No entanto, o mesmo método pode oferecer resultados diferentes em outras empresas, devido às diferentes abordagens.
Davila, Epstein e Shelton, em seu estudo Making innovation work, de 2005, apontam que as inovações mercadológicas podem ser divididas em 3 grupos: incremental, semi-radical e radical.
Enquanto o modelo incremental busca explorar os nichos já existentes, o semi-radical exige uma mudança substancial no modelo de negócios e a radical, por sua vez, implica em uma mudança significativa, alterando o modelo de negócios e até mesmo, algumas vezes, a configuração de uma empresa.
Adotando a inovação de modelos de negócios
Como eu posso incluir, efetivamente, a inovação no meu modelo de negócios?
O primeiro passo é delimitar o nicho a ser explorado. Em seguida, atente-se aos recursos que podem ser adotados para incrementar um produto já existente; para alterar parte do modelo ou até mesmo para alterar o modelo por inteiro, como ocorreu com os aplicativos de corrida.
A criação de tais aplicativos é um dos principais exemplos que ilustram esse frame com sucesso. O mercado identificou uma lacuna no que diz respeito à mobilidade urbana e com o recurso tecnológico de celulares permitiu que isso fosse suprido por preços acessíveis, sem sequer ter que contratar motoristas, uma vez que os próprios cidadãos podem se tornar condutores.
Ou seja, o modelo identificou uma necessidade, criou um dispositivo que conecta pessoas dispostas a trabalhar com pessoas dispostas a consumir, por um preço mais acessível que o praticado até então, e todos saíram ganhando.
É justamente nesse sentido que a inovação deve entrar nos modelos de negócios: suprir necessidades, muitas vezes antes mesmo de a população se dar conta que as possui e oferecer soluções antecipadamente.
Atualmente, é impossível fugir da tecnologia e de seus reflexos sobre todos, inclusive sobre os que não a consomem diretamente – ou que pensam não a consumir. Sendo assim, adotar o uso de recursos como criação de softwares que facilitem a divulgação ou até mesmo a entrega do seu produto pode ser uma das soluções possíveis.
Convergir o desempenho desenfreado da tecnologia, alinhado à capacidade intelectual e criativa da mente humana é, certamente, uma receita de sucesso.
O essencial é ter tato para, após definir o nicho a ser explorado, saber como integrar as tecnologias e novas abordagens para que resulte em uma performance de sucesso no mercado.
Investir em pesquisas de mercado pode ser uma boa opção para entender a concorrência e trabalhar com o market share adequadamente. Para isso, é possível contratar empresas de pesquisa de mercado para que você possa entender a concorrência, a demanda dos consumidores e trabalhar de maneira inovadora seus modelos de negócio e marketing.
Atualmente, recorrer a práticas inovadoras é fundamental para que as empresas se desprendam do ordinário e alcancem novos setores e segmentos. A inovação em modelos de negócios pode ser desencadeada por uma forma diferente de olhar o público, suas necessidades e suas demandas, bem como suas próprias configurações internas.
Essa é uma fórmula de sucesso para os negócios contemporâneos, que precisa caminhar junto com o mercado e com a sociedade.