O calor extremo é mais do que uma previsão meteorológica alarmante; é uma realidade que está transformando cidades em fornos urbanos. Em Jundiaí, no interior de São Paulo, um projeto inovador chamado *RESFRIA* está ganhando destaque como uma resposta científica e prática para enfrentar esse desafio climático crescente. Financiado pela FAPESP e liderado por pesquisadores da PUC-Campinas em parceria com a Prefeitura de Jundiaí, o projeto busca integrar ciência, políticas públicas e tecnologia para criar soluções sustentáveis. Mas como isso pode impactar você e sua cidade? E por que Jundiaí pode ser um modelo para outras regiões?
Uma Resposta à Crise Climática Urbana O projeto *RESFRIA* nasceu em 2024 como parte do Programa de Pesquisa em Políticas Públicas (PPPP) da FAPESP. Sua missão é simples, mas audaciosa: combater os efeitos devastadores do calor extremo nas áreas urbanas. Para isso, ele integra dados socioambientais, indicadores de saúde pública e estratégias de planejamento urbano.
A iniciativa já conta com o apoio das Unidades de Gestão de Planejamento Urbano e Meio Ambiente (UGPUMA) e de Promoção da Saúde (UGPS). Essas parcerias são fundamentais para garantir que as soluções propostas não sejam apenas teóricas, mas também práticas e viáveis.
Por Que o Calor Extremo É um Problema Urgente? As Cidades Como “Ilhas de Calor”
Você já percebeu como as cidades parecem muito mais quentes do que as áreas rurais próximas? Esse fenômeno é conhecido como “ilha de calor urbana”. Ele ocorre devido à concentração de concreto, asfalto e falta de vegetação, que absorvem e retêm calor durante o dia e liberam lentamente durante a noite.
Mas o problema vai além do desconforto. Estudos mostram que temperaturas elevadas aumentam os casos de doenças respiratórias, problemas cardíacos e até mortalidade. Além disso, afetam a produtividade, a qualidade de vida e podem exacerbar desigualdades sociais.