Em 2019 entrevistei uma mulher negra transexual, de 27 anos. Ela contou que, ao longo da vida, foi agredida várias vezes, verbal e fisicamente. Chegou a ficar semanas ausente da escola e, depois de repetir algumas vezes o primeiro ano do ensino médio, decidiu se formar pela Educação de Jovens e Adultos (EJA). Foi a primeira de cinco irmãos a obter o diploma. Na época ela trabalhava às vezes como faxineira, noutras, acompanhava pessoas em hospitais ou cuidava de idosos. Mas nunca teve emprego com [...]
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