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Como a Vitamina D Pode Aumentar as Chances de Remissão do Câncer de Mama Através da Quimioterapia (23 notícias)

Publicado em 05 de junho de 2025

Um estudo da Faculdade de Medicina de Botucatu da Universidade Estadual Paulista (FMB-Unesp) revelou que a suplementação de vitamina D em doses baixas pode aumentar a eficácia do tratamento quimioterápico em mulheres com câncer de mama. Essa descoberta posiciona a vitamina D como uma alternativa viável e acessível em comparação a medicamentos de difícil acesso, com o potencial de melhorar a resposta à quimioterapia.

A pesquisa, apoiada pela FAPESP, envolveu 80 mulheres com mais de 45 anos que iniciaram tratamento no ambulatório de oncologia do Hospital das Clínicas da FMB-Unesp. As participantes foram divididas em dois grupos: um recebeu 2.000 UI (unidades internacionais) de vitamina D diariamente, enquanto o outro grupo tomou um placebo.

Após seis meses de tratamento, 43% das mulheres que utilizaram vitamina D tiveram a doença em remissão após a quimioterapia, em comparação com apenas 24% no grupo placebo. Todas as participantes receberam quimioterapia neoadjuvante, que facilita a remoção do tumor.

Eduardo Carvalho-Pessoa, presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia Regional São Paulo , destacou que, mesmo com uma amostra pequena, os resultados mostraram uma diferença significativa na resposta ao tratamento. A dosagem utilizada no estudo foi de 2.000 UI por dia, bem inferior à dose de ataque normalmente recomendada para a correção da deficiência de vitamina D, que gira em torno de 50.000 UI por semana.

A vitamina D é crucial para a absorção de cálcio e fósforo, sendo essencial para a saúde óssea. Além disso, estudos recentes demonstraram seu papel vital no sistema imunológico, ajudando na luta contra infecções e doenças, como o câncer. Historicamente, a maioria das pesquisas sobre câncer e suplementação de vitamina D têm utilizado doses elevadas.

A maior parte das participantes do estudo apresentava níveis baixos de vitamina D, com menos de 20 ng/mL, enquanto a Sociedade Brasileira de Reumatologia recomenda níveis entre 40 e 70 ng/mL. A suplementação resultou em um aumento nos níveis de vitamina D durante o tratamento, sugerindo uma contribuição positiva na recuperação das pacientes.

Carvalho-Pessoa enfatizou que a vitamina D oferece uma opção acessível e econômica em comparação a outras drogas que potencializam a resposta à quimioterapia, muitas das quais não estão incluídas no rol do Sistema Único de Saúde. Os achados deste estudo abrem caminho para investigações mais aprofundadas sobre o papel da vitamina D como auxiliar em terapias oncológicas.

Os resultados são promissores e justificam a realização de novos estudos com mais participantes, o que permitirá um entendimento mais claro sobre como a vitamina D pode aumentar a resposta ao tratamento quimioterápico e, consequentemente, aumentar as chances de remissão do câncer de mama.

Para mais informações, o artigo "Vitamin D Supplementation Improves Pathological Complete Response in Breast Cancer Patients Undergoing Neoadjuvant Chemotherapy: A Randomized Clinical Trial" pode ser acessado neste link

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Informações da Agência FAPESP