O Consórcio Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento do Café (CBPDC) concluiu nesta semana o seqüenciamento do genoma do café arábica, que é responsável pela maior parte da produção brasileira.
O trabalho foi realizado por pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e da Fundação de Amparo a Pesquisa do listado de São Paulo (Fapesp), que receberam o apoio do CBPDC.
O seqüenciamento, que consumiu R$ 6 milhões e contou com a pesquisa em 13 laboratórios do Estado e a Embrapa de Brasília, permitirá modificar geneticamente o café arábica, tanto para ganhar resistência frente a pragas, como para torná-lo mais produtivo, inclusive com mais nutrientes ou sabores diferenciados.
O diretor-científico da Fapesp, José Fernando Perez, que é santista e deixou Santos para cursar a USP, afirma que o Brasil demonstrou competência no campo do seqüenciamento. Segundo ele, a pesquisa com o café arábica é importante porque tem peso considerável na pauta de exportações do Pais e por gerar milhões de empregos.
Concluído o seqüenciamento, o próximo passo será identificar os genes e compará-los com os outros (de outras espécies) já identificados internacionalmente e definir suas funções no café.
Perez diz que esse trabalho é muito difícil, com uma complexidade que poderá consumir anos de estudo.
Notícia
A Tribuna (Santos, SP)