Com foco no desenvolvimento de tecnologias inovadoras para o futuro da Internet, o CPqD, em parceria com a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), está dando início à segunda fase do Projeto de Rede Experimental de Alta Velocidade – GIGA. Por meio de um convênio assinado com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), o projeto receberá, nesta nova etapa, um investimento de R$ 25,54 milhões para o suporte das atividades de pesquisa e desenvolvimento nos próximos três anos.
"O objetivo é obter o reconhecimento mundial do GIGA como um espaço avançado e amplo de experimentação de tecnologias de redes e serviços de futura geração", afirma Alberto Paradisi, gerente de Tecnologias Ópticas do CPqD e coordenador-geral do projeto.
Atualmente a Rede Experimental do Giga interliga cerca de 25 instituições e 70 laboratórios, entre centros de pesquisa e desenvolvimento, universidades e operadoras de telecomunicações distribuídos no eixo Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro.
Na fase 2, a intenção é ampliar esse número, estabelecendo novas parcerias tanto com empresas quanto com universidades e institutos de ciência e tecnologia – e mesmo com outros projetos voltados para a busca de tecnologias para o futuro da Internet. A interligação com a Rede Ipê da RNP, por exemplo, aumentará significativamente a capilaridade da Rede Experimental no país, estendendo o alcance das atividades de pesquisa ao nível nacional.
Ao mesmo tempo, será estabelecido o acesso às redes internacionais por meio da Southern Light, uma das Open Lightpath Exchanges (GOLEs) da Global Lambda Interactive Facility (GLIF), localizada em São Paulo e operada pela RNP em conjunto com a USP (projeto ANSP, da Fapesp).
A GLIF é uma organização virtual que tem o objetivo de prover a infraestrutura internacional para a interconexão entre as redes ópticas de todo o mundo. Tudo isso permitirá a participação de maior número de laboratórios na Rede Experimental do Giga e, ainda, o envolvimento de pesquisadores brasileiros em projetos internacionais de vanguarda.
O Projeto Giga foi criado com a finalidade de promover a inovação tecnológica por meio da pesquisa, do desenvolvimento, da experimentação e da validação de tecnologias de redes e de serviços voltados para aplicações de banda larga − baseadas em protocolo IP sobre infraestrutura de transporte óptico de pacotes e WDM (rede óptica de múltiplos comprimentos de onda). Atualmente, a Rede Experimental do Giga atinge velocidades de mais de 10 Gbps no núcleo e de 1 Gbps nos acessos.
Na segunda fase, a meta é evoluir a rede de modo a aumentar sua flexibilidade no suporte a novos serviços e a alcançar taxas de transmissão mais elevadas. No núcleo, a velocidade deverá chegar a 40 Gbps por canal óptico, numa etapa intermediária do projeto, podendo atingir até 100 Gbps (também por canal), no seu final. Nos acessos, a intenção é oferecer taxas de transmissão de até 10 Gbps.
Multidisciplinar, o Giga também envolve a pesquisa e desenvolvimento de serviços experimentais de telecomunicações baseados em infraestrutura de banda larga. É o caso, por exemplo, da distribuição de mídias digitais e do projeto de TV Experimental, previsto para esta nova fase do Giga. “A idéia é desenvolver uma solução completa de distribuição, armazenamento e acesso a conteúdo multimídia interativo, em formato de TV, sobre uma camada de transporte IP”, explica Paradisi.
Fonte: Assessoria de imprensa do CpQD