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Com recorde de faturamento, citricultura paulista gera mais de 45 mil empregos na safra (83 notícias)

Publicado em 19 de agosto de 2024

Mesmo em um cenário adverso, em meio às mudanças climáticas e significativa incidência de greening nos pomares, a citricultura paulista mantém seu destaque no cenário nacional e internacional.

Responsável por 90% do volume exportado pelo país, segundo os dados da safra 2023/24, SP foi responsável por gerar 45.112 vagas de emprego no estado, uma alta de 10% em comparação a safra anterior. As informações são da Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR).

“O combate ao greening no estado de São Paulo tem exigido muito de nossos técnicos, das cooperativas, e associações do setor, mas, principalmente, tem exigido dos produtores de nosso Estado. Esses dados chegam na hora certa, para que possamos ver que realmente estamos fazendo a diferença trabalhando juntos”, comentou o secretário Guilherme Piai.

Os dados foram compilados pela Associação Nacional de Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR), que revelaram também cenário positivo em nível nacional, que fechou a safra 2023/2024 com crescimento de 2,22% na geração de empregos, totalizando 57.368 de novos cargos, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). Ou seja, 78% dos empregos gerados pela citricultura estão no estado de São Paulo.

“A citricultura é um importante setor gerador de empregos, que colabora com contratações ao longo do ano, com todas as proteções legais aos trabalhadores em regiões que são carentes de vagas formais, o que gera renda e desenvolvimento para o interior de São Paulo”, explica o diretor-execitvo da CitrusBR, Ibiapaba Netto.

São Paulo no combate ao greening

A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo comemora o avanço do setor. No mais recente levantamento do Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA), vinculado à Pasta, a produção de laranja paulista pontuou entre os cinco principais produtos do agro paulista na balança comercial, responsável por 8,2% de tudo que foi exportado por São Paulo, em um montante de US$ 1,15 bilhão na balança do Estado.

O Governo de São Paulo tem realizado esforços para manter o crescimento deste importante setor para a economia paulista. Por meio de ações transversais, o combate ao Greening está sendo feito nos âmbitos da defesa agropecuária, da liberação de crédito e suporte técnico ao produtor.

Em novembro de 2023, foi oficializado por meio de decreto assinado pelo governador Tarcísio de Freitas, o Comitê de Combate ao Greening, que reúne cinco secretarias da gestão estadual, além de produtores e representantes do setor da citricultura para propor políticas públicas, diretrizes, critérios e procedimentos para o controle da doença.

Ainda, por meio do Instituto Biológico (IB-Apta), vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento, SP busca novas formas para o controle do psilídeo, inseto transmissor do greening, utilizando inimigos naturais do psilídeo para seu enfrentamento. A iniciativa conta com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

A Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), desenvolve ações de fiscalização em propriedades, além de conduzir trabalhos de educação sanitária a fim de orientar produtores em diversas regiões. De outubro de 2023 até o presente momento, mais de 40 mil mudas irregulares foram retiradas de circulação, já que a praga não tem cura.

A CDA lançou também um canal direto para que a população, especialmente os produtores rurais, denunciem pomares de citros abandonados ou mal manejados no Estado. O canal de denúncia tem como objetivo informar à Defesa Agropecuária a localização desses pomares de citros abandonados ou mal manejados, para que sejam feitas ações de educação e conscientização do produtor, a fim de adotarem as medidas necessárias para o controle da doença.

No fim de maio de 2024, o Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (FEAP), também da Secretaria de Agricultura, liberou linha de crédito para os produtores de citros mais prejudicados pela praga.

Toda a cadeia produtiva da laranja gera cerca de 200 mil empregos diretos e indiretos, gerando U$ 189 milhões em impostos. A cadeia produtiva do suco de laranja brasileiro responde por 74% das vendas globais da bebida, com a liderança disparada de São Paulo.