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Com recorde de faturamento, citricultura paulista combate doença, avança e gera mais de 45 mil empregos na safra 2.023/24 (95 notícias)

Publicado em 20 de agosto de 2024

Mesmo em cenário adverso, em meio às mudanças climáticas e significativa incidência de greening nos pomares, a citricultura paulista mantém seu destaque no cenário nacional e internacional.

Responsável por 90% do volume exportado pelo País, segundo os dados da safra 2.023/24, SP é o responsável por gerar 45.112 vagas de emprego no Estado, uma alta de 10% em comparação à safra anterior. As informações são da Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR).

“O combate ao greening no Estado de São Paulo tem exigido muito de técnicos, de cooperativas, e de associações do setor, mas, principalmente, dos produtores do Estado. Esses dados chegam na hora certa, para que possamos ver que realmente estamos fazendo a diferença trabalhando juntos”, comentou o secretário Guilherme Piai.

Os dados são compilados pela Associação Nacional de Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR), que revelam também um cenário positivo em nível nacional, que fecha a safra 2.023/2.024 com crescimento de 2,22% em geração de empregos – total de 57.368 de novos cargos, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Ou seja, 78% dos empregos gerados pela citricultura estão no Estado de São Paulo.

“A citricultura é um importante setor gerador de empregos, que colabora com contratações ao longo do ano, com todas as proteções legais aos trabalhadores em regiões que são carentes de vagas formais, o que gera renda e desenvolvimento para o interior de São Paulo”, explica o diretor-execitvo da CitrusBR, Ibiapaba Netto.

Combate ao greening

A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo comemora o avanço do setor. No mais recente levantamento do Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta), vinculado à Pasta, a produção de laranja paulista pontua entre os cinco principais produtos do agro paulista na balança comercial, responsável por 8,2% do total exportado por São Paulo, em um montante de US$ 1,15 bilhão na balança do Estado.

O Governo de São Paulo tem realizado esforços para manter o crescimento deste importante setor para a economia paulista. Por meio de ações transversais, o combate ao greening está sendo feito nos âmbitos da defesa agropecuária, da liberação de crédito e de suporte técnico ao produtor.

Em novembro de 2.023, oficializado por meio de decreto assinado pelo governador Tarcísio de Freitas, o Comitê de Combate ao Greening, que reúne cinco secretarias da gestão estadual, além de produtores e representantes do setor da citricultura, para propor políticas públicas, diretrizes, critérios e procedimentos para o controle da doença.

Ainda, por meio do Instituto Biológico (IB-Apta), vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento, SP busca novas formas para o controle do psilídeo, inseto transmissor do greening, utilizando inimigos naturais do psilídeo para seu enfrentamento. A iniciativa conta com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).

A Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) desenvolve ações de fiscalização em propriedades, além de conduzir trabalhos de educação sanitária, a fim de orientar produtores em diversas regiões. De outubro de 2.023 até agora, mais de 40 mil mudas irregulares foram retiradas de circulação, já que a praga não tem cura.

A CDA possui também um canal direto para que a população, especialmente os produtores rurais, denunciem pomares de citros abandonados ou mal manejados no Estado. O canal de denúncia tem como objetivo informar à Defesa Agropecuária a localização desses pomares de citros abandonados ou mal manejados, para que sejam feitas ações de educação e conscientização do produtor, a fim de adotarem as medidas necessárias para o controle da doença.

No fim de maio de 2.024, o Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (Feap), também da Secretaria de Agricultura, liberou linha de crédito para os produtores de citros mais prejudicados pela praga.

Toda a cadeia produtiva da laranja gera cerca de 200 mil empregos diretos e indiretos, gerando U$ 189 milhões em impostos. A cadeia produtiva do suco de laranja brasileiro responde por 74% das vendas globais da bebida, com a liderança disparada de São Paulo.

Fonte: Guilherme Araújo dos Santos

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