O isolamento social para controlar o avanço do novo coronavírus vem ajudando a reduzir a emissão de poluentes como Carbono nas grandes cidades, segundo dados da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). A mudança na rotina dos paulistas reduziu a quantidade de veículos circulando na cidade e, consequentemente, a diminuição do monóxido de carbono, indicador da emissão de poluentes em grandes centros urbanos. Estudo da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), aponta queda no número de veículos nas ruas como maior responsável pela redução de poluentes durante o período de quarentena.
Já o estudo elaborado pelo Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA) revela que os automóveis são responsáveis por 72,6% das emissões de gases. Outro dado interessante apontado por este estudo é de que os automóveis (transporte individual) poluem muito mais que os ônibus, um transporte coletivo. Os automóveis são responsáveis por 71% das emissões do poluente na cidade, contra 25% dos ônibus e 4% das motocicletas, levando-se em conta o material particulado lançado por pessoa transportada.
Na opinião do doutor em Geociências e professor no Mestrado em Análise Geoambiental da Universidade UNG, Fabrício Dalmas, esta hipótese é muito plausível tanto pelos dados coletados durante este período de quarentena quanto por estudos anteriores, relacionados à influência dos veículos automotores na poluição do ar de grandes cidades. Ouça a participação de Fabrício clicando no player de áudio abaixo: