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Cobalto em excesso pode causar câncer, confirma estudo (13 notícias)

Publicado em 28 de setembro de 2022

Um estudo publicado recentemente na revista Lancet Oncology divulgou as conclusões de 31 cientistas de 13 países, inclusive do Brasil, sobre a carcinogenicidade de nove agentes com algum teor de cobalto em suas composições.

O Grupo de Trabalho se reuniu remotamente, em março deste ano, a convite da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC) e revisou centenas de artigos para dar o seu veredito final sobre nove agentes.

O que os cientistas descobriram sobre a relação entre cobalto e câncer?

Coautor do estudo, o professor Thomas Prates Ong, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP, afirmou à Agência FAPESP: “O cobalto e o antimônio registraram o mais alto índice de carcinogenicidade nos parâmetros da IARC, classificando-se como prováveis elementos carcinogênicos. O tungstênio registrou evidências menores."

Confirmando as hipóteses iniciais, a conclusão do trabalho foi de que a exposição excessiva ao cobalto pode causar câncer. O metal proporciona um aumento das inflamações e mutações que podem induzir a formação de tumores, diz Ong. Além disso, o cobalto altera o padrão epigenético (ambiental) "ao causar alterações na forma como as células se proliferam, se diferenciam e morrem”, conclui.

No caso dos alimentos com a vitamina B12, que têm cobalto em suas moléculas, não há risco porque a concentração é baixa. O problema, diz o cientista, é a exposição excessiva, que ocorre em locais de trabalho, através da inalação de poeira do elemento químico e contato com a pele. Na população em geral, as principais fontes de contaminação com o mineral são: alimentos contaminados, fumaça de cigarro, poluição do ar e implantes médicos.

ARTIGO - The Lancet Oncology - DOI: 10.1016/S1470-2045(22)00219-4.

Fontes

Fapesp