Cientistas usam câmera especial para mostrar para-raios em açãoCientistas usam câmera especial para mostrar para-raios em ação
Imagem inédita mostra raio descendo e cargas positivas dos aparelhos de segurança subindo
Geophysical Research Letters (GRL) , uma das mais importantes revistas científicas da área.Sangue..rochas derretidas realmente estavam lá.
O trabalho contou com apoio da Fapesp.“A imagem foi captada em uma noite de verão, em São José dos Campos [SP], quando um raio descendente de carga negativa se aproximava do solo com a velocidade de 370 quilômetros por segundo [km/s].Em um dos trabalhos mis recentes sobre o tema, cientistas da Universidade de Columbia, em Nova York, encontraram um medicamento capaz de rejuvenescer a produção de sangue.No instante em que a descarga estava a apenas algumas dezenas de metros do solo, vários para-raios e saliências de edifícios situados na região produziram descargas positivas ascendentes, competindo para conectar-se com o raio que descia.Recomendadas.A imagem final anterior à conexão foi obtida 25 milionésimos de segundo antes do impacto do raio sobre um dos prédios”, conta Saba.Hospitais psiquiátricos: Criticados por especialistas e alvo de denúncias, estabelecimentos ainda têm 13 mil leitos no país Covid-19: subvariante XBB causa maioria dos casos em SP e no Rio e reverte tendência de queda da doença À medida que envelhecemos, o sistema hematopoiético - responsável pela produção das células sanguíneas - fica inflamado a ponto de se deteriorar e faz com que as células-tronco do sangue, localizadas na medula óssea - parem de funcionar adequadamente e, portanto, produza menos glóbulos vermelhos e brancos.Foi essa imagem espetacular que os editores da GRL reproduziram na capa da publicação.Fonte: Wikimedia Commons Nova camada sob a crosta da Terra Os dados do estudo apontam que a camada foi registrada em escala global e não está relacionada ao movimento da crosta terrestre.
O pesquisador informa que sua câmera captou 40 mil imagens por segundo.“Um sistema sanguíneo envelhecido, por ser um vetor de muitas proteínas, citocinas e células, tem muitas consequências ruins para o organismo.Rodado em superslow motion , o vídeo mostra como os para-raios se comportam.E também que os raios podem ser um perigo se esses equipamentos de proteção não estiverem corretamente instalados.Médico fumando vape: Vídeo de profissional da saúde fumando durante procedimento cirúrgico viraliza; veja imagens Em trabalhos anteriores, a mesma equipe havia tentado consertar a produção de células sanguíneas em camundongos por meio de exercícios e dieta, sem sucesso.Isto porque, apesar de haver mais de 30 para-raios nas proximidades, o raio não se conectou com nenhum deles, mas, sim, com a chaminé de um forno localizado na cobertura de um dos edifícios.“Uma falha na instalação deixou essa área desprotegida.De acordo com os resultados, publicados recentemente na revisa científica Nature Cell Biology, a administração do medicamento anakinra, um anti-inflamatório usado no tratamento da artrite reumatoide, impede que a inflamação se instale na medula óssea.
E o impacto de uma corrente de 30 mil amperes produziu nela um estrago impressionante”, diz.Em média, 20% dos raios são constituídos por trocas de carga elétrica entre as nuvens e o solo.De acordo com os pesquisadores, sua aplicação restaurou as células-tronco do sangue a um estado mais jovem e saudável, com efeitos ainda mais pronunciados quando a droga foi aplicada no início da vida dos camundongos.Os 80% restantes são compostos por descargas elétricas no interior das nuvens.Dos que tocam o solo, a quase totalidade são raios descendentes: começam na nuvem e vêm para o solo.O próximo passo é investigar se esses resultados também se aplicam em humanos.Raios ascendentes também existem, mas são raros.
E só acontecem a partir de estruturas altas, como topos de montanhas, arranha-céus, torres e antenas.Outros estudos em animais já mostraram que a transfusão de sangue jovem em animais mais velhos tem um efeito estimulante, mas acredita-se que direcionar a produção de sangue pode ter efeitos ainda mais dramáticos em termos de interromper o declínio causado pela idade.Dependendo da carga que transferem ao solo, os raios podem ser ainda classificados como negativos ou positivos.“Os raios podem alcançar até 100 km de comprimento.Mais do Globo Artista volta aos palcos depois de sete anos afastada, na final do campeonato de futebol americano, que é considerado um dos eventos de maior audiência da TV mundial Há 21 minutos.E transportar correntes da ordem de 30 mil amperes.Isso equivale à corrente utilizada por 30 mil lâmpadas de 100 watts funcionando juntas.
Em alguns casos, a corrente pode chegar a 300 mil amperes.A temperatura de um raio, de 30 mil oC, é cinco vezes maior do que a temperatura da superfície do Sol”, afirma Saba.Continua após a publicidade Como se formam os raios O pesquisador explica que tudo começa com a eletrificação das nuvens.Seu mecanismo ainda não é inteiramente conhecido.Mas decorre, grosso modo, do atrito entre partículas de gelo, gotículas de água e granizo, que libera cargas e cria polaridades entre diferentes regiões das nuvens, com diferenças de potencial elétrico que variam de 100 milhões a 1 bilhão de volts.
“É preciso levar em conta que as nuvens de tempestades são estruturas enormes, que têm sua base a 2 ou 3 km do solo e cujo topo pode alcançar até 20 km de altitude.Seus diâmetros vão entre 10 e 20 km”, diz.A forma ramificada assumida pelos raios se explica pelo fato de que as cargas elétricas buscam o caminho mais fácil, isto é, que oferece menor resistência, e não o caminho mais curto, que seria a linha reta.O caminho mais fácil, geralmente em zigue-zague, é determinado por diferentes características elétricas da atmosfera, que não é homogênea.“Um raio composto de várias descargas pode durar até 2 segundos.
No entanto, cada descarga dura apenas frações de milésimos de segundo”, acrescenta Saba.Estrago produzido no prédio pela descarga do raio.Uma falha na instalação do para-raios fez com que ele atingisse a chaminé de um forno localizado na cobertura – Gilberto Chavarria/Inpe/Divulgação Ele destaca que o para-raios não atrai nem repele os raios.Tampouco descarrega as nuvens como se pensava antigamente.Ele simplesmente oferece ao raio um caminho fácil e seguro até o solo.
Como nem sempre é possível contar com a proteção de um para-raios e o verão é a época em que ocorre a maioria das descargas elétricas atmosféricas, convém considerar as recomendações de Saba.“As tempestades acontecem mais à tarde do que de manhã.Assim, cuidado com as atividades ao ar livre nas tardes de verão.Ao ouvir um trovão, busque abrigo.Nunca fique embaixo de árvores ou postes.
Nem mesmo sob coberturas precárias.No caso de não haver um local robusto para se proteger, fique dentro do carro e espere a tempestade passar.Se não houver carro nem qualquer outro lugar onde se abrigar, fique de cócoras com os pés juntos.Nunca de pé, nem deitado.Dentro de casa, evite o contato com eletrodomésticos e o uso de telefone com fio.
” O pesquisador afirma que uma pessoa atingida por raio pode sobreviver.E há vários exemplos disso.As chances aumentam quando a pessoa é prontamente atendida.“A parada cardíaca é a única causa de óbito.Nesse caso, o atendimento recomendado é a ressuscitação cardiopulmonar”, ensina.
Saba iniciou o estudo sistemático de relâmpagos com câmeras de alta velocidade em 2003.Esse estudo, ainda vigente, proporcionou o maior banco de vídeos de raios filmados em alta velocidade no mundo.O pesquisador e seus orientandos já foram contemplados com 17 auxílios ou bolsas providos pela Fapesp.Continua após a publicidade.