A pesquisa está a ser conduzida no Centro de Pesquisa em Óptica e Fotónica (Cepof), um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) financiados pela FAPESP, sob coordenação do professor da Universidade de São Paulo (USP) Vanderlei Bagnato.
«A curcumina, uma das substâncias que conferem a cor alaranjada ao açafrão, possui propriedades fotodinâmicas naturais. Na presença da luz, induz a produção de espécies reactivas de oxigénio, que são altamente tóxicas», disse Bagnato.
Por serem transparentes, explicou, as larvas do Aedes aegypti são particularmente sensíveis ao efeito fotodinâmico. O corante acumula-se no intestino do insecto após ser ingerido com a água do criadouro. Quando a substância é activada pela luz, induz a produção de moléculas de oxigénio singlete, que danificam de forma fatal o tecido do trato digestivo.
O princípio é semelhante ao da terapia fotodinâmica empregue experimentalmente no combate a células tumorais e agentes infecciosos.