Cientistas do Departamento de Química e de Bioquímica Molecular da Universidade Federal do Paraná (UFPR) estão desenvolvendo um imunochip capaz de detectar a dengue.
No ano passado, 1,5 milhão de casos da doença foram registrados, segundo dados do Ministério da Saúde. Neste ano, até o dia 15 de abril, 113.381 casos prováveis de dengue foram notificados em todo Brasil.
O chip tem capacidade de detectar moléculas do antígeno (NS1) para a dengue em soro sanguíneo, fornecendo um resultado positivo ou negativo de forma rápida. Os resultados do trabalho foram publicados no periódico Biosensors and Bioelectronics.
No nosso sensor, a detecção da doença da dengue é indireta. O que se detecta não é o vírus, mas um antígeno característico da infecção. Essa detecção se dá através de anticorpos ancorados no biossensor, que detectam rapidamente a presença do antígeno no soro e, indiretamente, nos dá a resposta de infecção”, disse o doutorando em bioquímica Cleverton Pirich, um dos autores do estudo à agência Fapesp.
“Como foi discutido e demonstrado em nosso trabalho, um imunochip desse, se desenvolvido e comercializado, poderá ser uma ferramenta de diagnóstico em tempo real, capaz de fornecer resultados em aproximadamente 15 minutos”, completou Pirich.