O grupo usa semicondutores ativados por luz que desencadeiam uma série de processos físico-químicos que ajudam a despoluir a águaPesquisadores de São Carlos desenvolveram uma técnica que pode ser usada na degradação de substâncias presente nos mananciais que têm risco potencial ao meio ambiente e à saúde pública.
O grupo usa semicondutores ativados por luz que desencadeiam uma série de processos físico-químicos que resultam na produção de espécies reativas capazes de oxidar os poluentes.
No trabalho, o grupo analisou as propriedades do dióxido de titânio (TiO2) modificado com boro ou nitrogênio obtido para obter radicais hidroxila eficientes para a oxidação [degradação] de poluentes orgânicos. Ao final do estudo, o grupo observou que os nanomateriais modificados mostraram alta eficiência para a produção dos radicais hidroxila sob luz ultravioleta (UV) ou visível.
“Discutimos em detalhes a influência dos diferentes processos deste estudo na degradação do fármaco fluoxetina [um tipo de antidepressivo muito encontrado nas águas], que é classificado como um contaminante emergente e tem sido encontrado em águas superficiais em diferentes regiões do mundo”, conta o pesquisador Ailton Moreira, autor do artigo integrante do CDMF sediado na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
A pesquisa contou ainda com a participação de grupos da UFSCar, da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Federal de Alfenas (Unifal) e da Universidade Federal de Lavras (UFLA).
*Com Agência Fapesp.