Que a leptina desempenha um papel importante na queima de gorduras no nosso corpo, os cientistas já estão cansados de saber. O problema era saber como.
Um estudo realizado nos Estados Unidos por diferentes entidades deu um passo significativo para desvendar esse mistério e, com isso, ajudar no combate à obesidade.
Segundo a Agência Fapesp, pesquisadores da Escola Médica da Universidade de Brown, Hospital Rhode Island, Escola Médica da Universidade de Harvard e do Centro Médico Beth Israel Deaconess descobriram que a leptina, hormônio fabricado pela células adiposas, aciona a produção da forma ativa de um peptídeo - o áMSH
no hipotálamo, uma pequena área na base do cérebro que controla atividades importantes do organismo, como o apetite e o sono. De acordo com os cientistas, o áMSH seria responsável pelo envio ao cérebro de mensagens rápidas e incisivas para queima de gorduras.
O argentino Eduardo Nillni, da Universidade de Brown e do Hospital Rhode Island, explica que "se, de algum modo, por meio de um medicamento, pudermos aumentar a tividade do áMSH, será possível forçar o organismo a queimar mais calorias e a perder peso". Os pesquisadores estudaram mudanças químicas no cérebro de camundongos e ratos que receberem injeções de leptina.
A cada ano, cerca de 300 mil pessoas morrem de causas relacionadas à obesidade nos Estados Unidos. Segundo o Centro para Controle e Prevenção a Doenças do governo norte-americano, 61% dos adultos do país são obesos ou estão acima do peso considerado ideal.
Como funciona O áMSH estimula a formação, em outra parte do hipotálamo, de um outro peptídeo, que é então liberado, estimulando a hipófise. Ela, por sua vez, secreta um hormônio que transmite uma mensagem à tireóide, glândula responsável por importantes funções metabólicas. Uma vez ativada, a tireóide envia um chamado para as células do organismo aumentarem a produção de energia.
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O Imparcial (Presidente Prudente, SP)