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Cientistas da USP testam novo possível remédio contra câncer de pulmão (15 notícias)

Publicado em 11 de dezembro de 2022

Pesquisadores do ICB-USP (Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo) estão testando um possível novo medicamento para o

Scientific Reports, o estudo foi conduzido pelo Laboratório de Biologia do Câncer e Antineoplásicos do Departamento de Farmacologia do ICB-USP, em parceria com a Harvard University, nos Estados Unidos. O grupo contou com apoio da FAPESP.

Entenda.O NT157 é um candidato a fármaco que está em fase de testes em laboratórios com foco no câncer de pulmão. Em estudos anteriores,in vitroe em modelos animais, já se mostrou promissor com cânceres de mama, próstata e colorretal, entre outros.

na Scientific Reports , o estudo foi conduzido pelo Laboratório de Biologia do Câncer e Antineoplásicos do Departamento de Farmacologia do ICB-USP, em parceria com a Harvard University, nos Estados Unidos.Por Diego Alejandro Atualizado em 9 dez 2022, 19h37 - Publicado em 10 dez 2022, 08h00 PRECIOSO - Bolsa em hospital: material ajuda a salvar vidas, mas é sempre escasso – Peter Dazeley/The Image Bank/Getty Images Na medicina, existem desafios contra os quais se luta há séculos, sem que os avanços transcorram na velocidade necessária.Um grupo de pesquisadores analisou quatro estudos diferentes sobre gestores com experiência internacional para comprovar a teoria de que vivências multiculturais podem ajudar os indivíduos a se tornarem melhores comunicadores e líderes mais eficazes.Um novo estudo se propôs a explicar como o ritmo diário e os níveis de atividade de uma pessoa durante a vigília e o sono se relacionam com a inteligência humana.

O grupo contou com apoio da FAPESP. Entenda. É verdade que se evoluiu de forma relevante em certas áreas — uma delas, a dos tumores. O NT157 é um candidato a fármaco que está em fase de testes em laboratórios com foco no câncer de pulmão. Em estudos anteriores, in vitro e em modelos animais, já se mostrou promissor com cânceres de mama, próstata e colorretal, entre outros. Outras enfermidades dessa natureza, no entanto, dependem ainda de transfusões sanguíneas contínuas, o que não é, nem de longe, o ideal. "É a primeira vez que o NT157 é estudado para o câncer de pulmão.

Com esse estudo, obtivemos a prova de que é um medicamento eficaz, pois ele interrompe a IGF-1, uma via celular que proporciona o crescimento dos tumores, e inibe a expressão de genes da via AXL, que proporciona o desenvolvimento de resistência aos medicamentos, inibição essa que detalhamos em primeira mão", explica à Assessoria de Imprensa do ICB-USP o professor João Agostinho Machado-Neto, coordenador da pesquisa. Pois a ciência produziu uma recente descoberta que acende pela primeira vez a esperança de uma virada de página nessa zona de doenças que vitima tanta gente. "Pelo fato de o composto atuar em múltiplos alvos, ou seja, em mais de uma célula e mais de um receptor, é mais difícil que as células cancerosas desenvolvam resistência", acrescenta. Como o estudo foi feito. As hemácias, como os glóbulos também são chamados, transportam o oxigênio pelo organismo. Os experimentos em laboratório foram todos desenvolvidos no ICB. Os pesquisadores de Harvard auxiliaram com sugestões de novos experimentos e guiando as discussões dos resultados e o planejamento de novos estudos. Há muito tempo se tentava fabricar células do sangue usando como matéria-prima as células-tronco, uma espécie de folha em branco presente no corpo com a qual se pode criar uma boa diversidade de tecidos.

Entre as principais contribuições do grupo americano está a concepção da ideia de unir o NT157 ao gefitinibe, um medicamento já utilizado contra o câncer de pulmão. "Apontamos que o efeito do NT157 é potencializado quando é aplicado em conjunto com o gefitinibe, abrindo possibilidade para novas combinações terapêuticas", destaca Lívia Bassani Lins de Miranda, doutoranda do laboratório, bolsista da FAPESP e coautora do trabalho. Em seguida, multiplicaram-se e foram infundidas em dois voluntários saudáveis. Sem metástase As descobertas foram observadas em duas células em modelos 2D e 3D, criados para simular um pulmão com maior fidelidade. "Nos dois modelos observamos que com o NT157 o tumor não ultrapassa essa estrutura, evitando assim que a doença se espalhe por outros órgãos e cause metástase. O plano agora é expandir tão festejado ensaio clínico para dez participantes e só então iniciar pesquisas com pacientes. Isso poderia aumentar a qualidade de vida e a sobrevida do paciente", explica o professor da USP.

Por se tratar de uma molécula ainda pouco experimentada, a ciência ainda não sabia com exatidão como ela funcionava no organismo. “Esperamos que elas sobrevivam por mais tempo do que as obtidas por doações”, afirma o chefe do experimento, Cedric Ghevaert, da Universidade de Cambridge. No entanto, a pesquisa do ICB ajudou a descrever o mecanismo pelo qual ela atua, a chamada simulação de Jun quinase, também conhecida como JNK. "Nas células 3D, vimos que o medicamento é capaz de ativar a Jun quinase, uma enzima que regula o processo de autodestruição das células, podendo acelerar a morte das células tumorais", destaca Miranda.” Até lá, contudo, os pesquisadores precisarão superar um punhado de dificuldades. E agora? Para avaliar se a NT157 é eficaz e segura em seres humanos, mais estudos são necessários. Dessa forma, os pesquisadores irão agora validar os resultados em modelos animais. A história da ciência é enfática em sustentar que grandes saltos exigem um passo a passo rigoroso e tempo para que o conhecimento se consolide.

Paralelamente, estão sendo estudadas formas de aplicar o medicamento diretamente no pulmão, via inalação, para evitar possíveis efeitos adversos com a circulação do medicamento por outros órgãos. O artigo NT157 exerts antineoplastic activity by targeting JNK and AXL signaling in lung cancer cells pode ser lido em: . “Atualmente, esses pacientes têm uma qualidade de vida muito ruim”, reconhece a hematologista pediátrica Marimilia Pita, idealizadora da ONG Lua Vermelha, entidade voltada para dar visibilidade à anemia falciforme.