Um estudo do Centro de Pesquisas sobre Genoma Humano e Células-Tronco da USP está buscando saber por que há casais em que um dos cônjuges contrai o vírus da covid-19 e outro não, mesmo após ficarem juntos durante o período da infecção.
O grupo analisou 86 casais com o objetivo de tentar encontrar perfis genéticos capazes de explicar a discrepância, segundo relatou o jornal Estadão.
A reportagem cita a história de Thais de Andrade, 44 anos, e Erik de Araújo, 44 anos. O casal havia sido exposto no mesmo momento a uma pessoa contaminada, mas só o marido apresentou os sintomas da doença.
Eles ficaram juntos e dormiam na mesma casa durante o período de infecção. Thais chegou a fazer vários exames e testou negativo todas as vezes.
O estado de Erik se agravou e ele precisou ser internado na UTI. Ao Estadão, o biólogo Mateus Vidigal, principal autor do estudo, relatou que 'tem certeza de que a genética está envolvida em vários aspectos da doença'.
O grupo também está realizando um outro estudo que avalia 100 indivíduos nonagenários e até centenários que resistiram à doença, enquanto alguns jovens sem comorbidades tiveram o agravamento do vírus.