Estudos conduzidos por pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) estão no caminho para o desenvolvimento da vacina de combate à febre maculosa, doença provocada por uma bactéria transmitida pelo carrapato-estrela e responsável pela morte de quatro pessoas em Campinas (SP).
A proposta é minimizar a transmissão da bactéria para o ser humano e desenvolver uma vacina capaz de reduzir a densidade populacional do carrapato-estrela.
O estudo identificou que a bactéria ao infectar o hospedeiro, realiza um processo que seria como a morte programada das células do carrapato. Porém, isso funcionaria como uma espécie de sobrevida, o que daria tempo de ela se espalhar e infectar mais células.
Em pesquisa recente realizada na universidade com o apoio da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa Paulista), os cientistas se concentraram em reduzir o crescimento da bactéria e tornar o carrapato-estrela mais resistente à infecção. Para isso, os pesquisadores alimentaram o aracnídeo em laboratório.
Segundo os pesquisadores, a vacina também terá impacto econômico na pecuária por ser capaz de diminuir a densidade populacional do carrapato-estrela. O aracnídeo afeta qualquer animal que esteja à disposição, como o gado, causando anemia e marcando seu couro.
Apesar de ainda não haver estimativa de valores de prejuízos para a atividade, já há relatos de aumento da infestação pela doença.
Com informações da Fundação de Amparo à Pesquisa Paulista.
Fonte: SBA