As inovações desenvolvidas na Unesp poderão contribuir para reduzir o desperdício e movimentar a economia do Cerrado de forma sustentável
Em Assis, no interior de São Paulo, os pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) desenvolveram dois novos produtos a partir dos resíduos de pequi: um creme com atividade anti-inflamatória e um protetor solar com propriedades antioxidantes, capazes de retardar o envelhecimento da pele. Com as inovações, o fruto poderá ser mais bem aproveitado economicamente, aumentando o nível de vida das pessoas que dependem dele para sobreviver, além de colaborar com o meio ambiente.
As formulações apresentaram resultados promissores em testes farmacológicos. “Tivemos a mesma resposta que produtos já consolidados no mercado utilizando uma matéria-prima genuinamente brasileira que iria para o lixo”, diz a farmacêutica bioquímica Lucinéia dos Santos, professora da Faculdade de Ciências e Letras da Unesp e coordenadora dos estudos – apoiados pela FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) por meio de dois projetos (19/02805-2 e 17/26761-9).
Segundo a docente, para produzir uma bisnaga de 60 gramas do novo creme anti-inflamatório, por exemplo, o custo aproximado seria de R$ 8,10. Atualmente, a mesma quantidade de um creme anti-inflamatório comercial, também feito com ativos naturais, chega a ser vendida por R$ 65,00.
As novidades, já patenteadas pela Agência Unesp de Inovação (Auin), atendem a uma grande demanda do mercado por medicamentos e cosméticos mais naturais.
Com informações do Portal do Governo SP