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Cientistas apostam em transplantes de órgãos de suínos para caudas, mortes e despesas no Brasil (1 notícias)

Publicado em 31 de julho de 2022

Existem vários obstáculos para transplantar órgãos de outros animais para humanos.

O transplante de órgãos de suínos para humanos tem potencial para dois grandes transtornos de saúde pública no Brasil: as filas crescentes de outras pessoas à espera de transplantes de órgãos e os gastos de bilhões de reais em hemodiálise (dispositivo que faz o que um rim doente não pode mais fazer). : sangue em branco).

Segundo dois dos principais pesquisadores desse tipo de transplante no Brasil, a perspectiva é enorme para quem quer rim, coração, pele e córnea.

De fato, pela primeira vez em décadas de estudo, há uma abordagem eficaz para a produção de mais órgãos (ou seja, além dos órgãos de outras pessoas com morte cerebral ou outras pessoas doando um de seus rins, por exemplo).

Em janeiro deste ano, um americano de 57 anos se tornou o primeiro usuário do mundo a obter um centro de transplante de um porco geneticamente modificado (cientistas modificam os genes dos animais para evitar a rejeição através do corpo humano).

Mas ainda há pelo menos 4 situações de grande demanda por esse tipo de transplante para uma verdade no Brasil e em outras partes do mundo.

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Dois deles te salvam da rejeição através da estrutura humana e salvam você da transmissão de doenças.

Em suma, os cientistas modificam os genes dos porcos para que a fórmula de defesa do corpo humano não combata os órgãos transplantados, e eles também tentam o seu melhor para evitar que os órgãos sejam infectados por vírus (ou outros invasores).

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Outro impedimento significativo para esse tipo de procedimento, chamado xenotransplante, é a disposição de descarregar a autorização das agências reguladoras (como a Anvisa fez ao analisar e autorizar vacinas COVID-19) e a aprovação de uma lei federal para identificar regulamentações dessa prática.

“Isso porque a lei brasileira não menciona transplantes de animais, só temos transplantes humanos na legislação brasileira. Ela quer um reajuste, porque esse tipo de transplante é para a sociedade brasileira”, diz o Dr. Gustavo Ferreira, presidente da Brasileira. Associação de Transplante de Órgãos (ABTO).

Ferreira diz que ainda não é imaginável estimar quanto tempo merece levar até que essas etapas sejam implementadas, já que tudo depende dos efeitos dos ensaios clínicos, entre outras informações. Na prática, isso significa provar com muito conhecimento que esse tipo de transplante é eficaz, moral e seguro, por exemplo.

Mas para pesquisadores preocupados com o xenotransplante no Brasil, o maior desafio continua sendo a falta de dinheiro para tirar o projeto do papel.

No caso, ou seja, se houver uma caixa e a implantação não sofrer atrasos ou imprevistos, o primeiro transplante será realizado em 2025, diz Mayana Zatz, bióloga, geneticista e professora da Universidade de São Paulo (USP), em entrevista à BBC News Brasil.

Ela é uma das coordenadoras da tarefa de xenotransplante no Brasil, que começou há 4 anos para buscar ampliar a fonte de órgãos para transplantes, com a participação dos setores público e privado.

Em março deste ano, o governo de São Paulo anunciou um investimento de cerca de R$ 50 milhões para o avanço da pesquisa em xenotransplantes, que também conta com recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e de uma empresa farmacêutica pessoal (EMS).

O Brasil é o país do momento no mundo que mais pratica transplantes (90% deles no sistema público de saúde, o SUS): foram apenas cerca de 15 mil transplantes (os rins constituem um terço desse total) em 2020.

Mas o número de órgãos disponíveis está ficando cada vez menor do que o número de outras pessoas que os querem. Há cerca de 50 mil pessoas na lista de espera de um órgão no Brasil, e cerca de 7 delas morrem todos os dias enquanto aguardam por um transplante, estima a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos. A duração média do paciente na hemodiálise, à espera do transplante, é de cerca de seis anos.

No projeto, uma espécie de suíno que vive na Nova Zelândia, ideal para ser transplantada em humanos, será clonada em uma fábrica a ser construída em São Paulo. Nesta planta, a primeira na América Latina, esses animais viverão até atingirem um comprimento suficiente para que a extração de órgãos seja transplantada em humanos.

A primeira das tarefas planeja produzir 30 animais por mês, e envolverá os rins primeiro. Ou seja, 60 transplantes de rim podem ser realizados por mês.

Ainda não é imaginável saber quantos órgãos serão produzidos entre agora e o final desta década nessas indústrias no Brasil, quanto cada um desses órgãos cobrará ou quais pacientes serão selecionados para esses transplantes (hoje são selecionadas apenas instâncias excessivas).

Mas a tendência é que, com o tempo, esses órgãos suínos sejam transplantados para cada vez mais pessoas e os gastos públicos com aptidão serão reduzidos (afinal, a linha única com os pacientes da rede pessoal e pública ainda existirá). A economia de recursos é basicamente semelhante a outras pessoas com insuficiência renal que querem hemodiálise, que é a maior despesa setorial do SUS.

“A ocorrência de morte cerebral é fixa. Ele se acumula e vai se acumular porque depende de acidentes, tiros, quedas”, diz o cirurgião Silvano Raia, pesquisador da USP e um dos coordenadores do projeto de plantação de xerans. Raia é pioneira no transplante de órgãos no país, tendo participado do primeiro transplante de fígado de domado vivo do mundo, por exemplo.

“Mas a demanda por órgãos é maior porque a população vive mais tempo em todos os países, porque doenças, doenças renais, por exemplo, têm mais tempo para emergir e ter sucesso em estágios onde só a reposição de órgãos [transplante] pode curar. Hoje, é difícil saber quando a fonte e a demanda serão equilibradas. Teoricamente, será uma bênção, mas ainda não podemos esperar quando”, acrescenta.

crédito, UMSOM

O primeiro transplante de um centro de suínos em um ser humano foi realizado em Baltimore, NOS. EUA

Existem vários obstáculos para transplantar órgãos de outros animais para humanos. Entre as situações mais exigentes estão a geração de suínos em condições ideais, a prevenção da transmissão de doenças, a prevenção do corpo humano de rejeitar esses órgãos e a conversão de legislação e regulamentos para permitir a xenotransplante no Brasil.

Desafio 1: Produzir porcos em condições ideais

Tudo começa com uma espécie de porco, o “mais limpo” de todos. Na verdade, esses animais viveram isolados por quase duzentos anos na ilha de Auckland, Nova Zelândia, e não têm doenças que não são incomuns para outros porcos no mundo. .

Esses animais, que foram levados para lá através de navios britânicos há 3 séculos, têm mérito por xenotransplante: pesam não mais do que 130 kg, ou seja, têm órgãos na fase inicial do mesmo comprimento que os humanos – no Brasil, algumas espécies conseguem por 300 kg.

A alocação de xenotransplante brasileiro assinou um acordo com a Nova Zelândia para obter embriões congelados (nível inicial de ser vivo) desses suínos.

Aqui estão 3 passos: edição de genes, clonagem e barriga de aluguel.

A edição de genes inclui técnicas como a exclusão e a adição de genes a porcos que tentam impedir que o corpo humano ataque o órgão transplantado. Clonagem é o procedimento de multiplicar esses porcos ideais. E a barriga de aluguel é a gestação de porcos geneticamente modificados através de porcas inalteradas.

A gravidez à base de plantas duraria 4 meses, terminaria no 3º mês.

Como as porcas grávidas não serão geneticamente modificadas, o parto deve seguir uma série de precauções estritas para não contaminar o feto com germes vivos da mãe ou com germes do ambiente, explica Raia.

Na sala de parto, a mãe é sacrificada e o útero é removido com o feto dentro. Na sala de lactação, uma equipe de enfermeiros será culpada por abrir o útero e se preocupar com o recém-nascido. Em seguida, esta porca será colocada em uma incubadora por um mês, até atingir seu peso ideal (entre 30 kg e 35 kg).

Neste momento, o suíno passará por um novo procedimento cirúrgico no qual será abatido e seu coração, rins e córneas serão removidos. Esses órgãos serão preenchidos com um fluido que previne danos, transportados para o hospital e transplantados em humanos.

Todas essas etapas estarão localizadas em módulos isolados e estéreis (não infectados), para permitir a realização de várias etapas ao mesmo tempo e contaminação.

Desafio 2: Prevenir a transmissão de doenças que os suínos

A opção de transmissão da doença de outros animais em procedimentos de aptidão humana tem sido uma das principais considerações em torno desses estudos.

O primeiro paciente humano a obter um centro suíno testou positivo para citomegalovírus suíno, apesar de testes realizados antes do transplante e uso preventivo de medicamentos, de acordo com um artigo publicado no The New England Journal of Medicine. Este vírus está ligado em suínos com rinite e infecções generalizadas.

O paciente morreu 60 dias após o transplante. De acordo com cientistas da Universidade de Maryland, EUA. no entanto, é uma especulação considerada provável pelos cientistas.

Existem outras hipóteses concebíveis para a falha do centro, entre elas o uso de uma droga projetada para salvá-lo de infecções e ataques da fórmula de defesa do corpo humano contra células suínas.

“Esse tipo de droga contém anticorpos [células de defesa] que se opõem às células de porco que possivelmente teriam interagido com o centro do porco, desencadeando uma reação que teria ferido o músculo central”, disse um médico da Universidade de Maryland.

De acordo com Kapil Sahari, professor da Universidade de Maryland, a descoberta de citomegalovírus no receptor de transplante levou ao status quo de um plano de proteção hospitalar contrário à “transmissão de qualquer patógeno conhecido ou desconhecido [organismo que cause a doença] de origem suína. “aos profissionais de saúde e outros pacientes. “

Para Zatz, houve uma grande experiência informativa com esse pioneiro xenotransplante, que deve ser considerado uma boa sorte porque o paciente sobreviveu 60 dias, três vezes mais do que o primeiro paciente a ganhar um transplante de centro humano. , em 1967, na África do Sul. ” Você será informado em cada um desses casos”, diz ele.

Uma das classes aprendidas, por exemplo, é o maior rigor e intensidade dos testes de vírus imagináveis em órgãos suínos.

Credit, Escola de Medicina da Universidade de Maryland

David Bennett (à direita) o primeiro usuário a obter um centro de suínos através de um transplante

Desafio 3: Evite que o corpo humano rejeite o órgão transplantado

Talvez o impedimento mais incomum em pacientes transplantados seja a rejeição. Ou seja, para evitar que seu próprio quadro pense que o novo órgão é um invasor e comece a atacá-lo. Seja humano ou porco.

O quadro não rejeita todo o órgão transplantado, mas pequenos fragmentos dele. Portanto, os órgãos suínos começaram a ser geneticamente modificados para essa rejeição.

No centro dos suínos transplantados para os Estados Unidos, por exemplo, dez genes responsáveis pela rejeição aguda ou superacutada foram modificados. E ter superado uma barreira de rejeição tão forte é considerado um avanço para a ciência.

“Qualquer transplante que você fizer tem a opção de ser rejeitado. Quem for submetido a um transplante terá que tomar drogas imunossupressores [que ‘enfraquecem’ a fórmula de defesa do corpo e evitam a rejeição do órgão transplantado] para a vida toda”, diz Zatz.

“Se há rejeição quando menino, ele cria carne vermelha para menino. Mas nos disseram como lidar com essa rejeição. Provavelmente, novas drogas imunossupressores serão criadas. Mas não temos o espectro de que não haverá reversão [de que o órgão transplantado terá que ser removido], por uma certa era de tempo. “

Uma substituição chave no centro da carne vermelha foi a remoção de uma molécula de açúcar chamada alfa-Gal, que se liga à superfície das células suínas e age como um sinal de neon que marca o tecido como completamente estranho ao corpo humano.

Um componente do nosso sistema imunológico humano, chamado sistema de suplementos, patrulha o corpo em busca de Alfa-Gal. E é por isso que órgãos podem ser rejeitados e mortos momentos após o transplante.

Até agora, nenhum sintoma de rejeição do primeiro centro suíno transplantado em humanos foi identificado. Mas se pesquisas detalhadas do centro mostrarem sintomas de ataque do sistema imunológico, os cientistas terão que fazer outros ajustes para fazer os órgãos suínos para o corpo humano.

Desafio 4: Questões Éticas, Mudança de Lei e Autorização de Xenoenxerto

Cientistas de todo o mundo que lidam com transplantes de órgãos de porco chegaram recentemente a uma conclusão: a fase de testes laboratoriais acabou e agora é hora de iniciar testes clínicos (como o primeiro transplante em um centro de suínos nos Estados Unidos).

Se tudo correr bem, o próximo passo será começar a fornecer transplantes de órgãos suínos para quem quiser, como é o caso dos transplantes humanos.

Mas todas essas etapas têm as autorizações de órgãos reguladores, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). É parecido com o que aconteceu com as vacinas covid-19. Os testes pré-clínicos, clínicos e finais de aprovação foram aprovados pela Anvisa.

Apesar do transplante central realizado nos Estados Unidos, a FDA (empresa americana equivalente à Anvisa e referência regulatória para o resto do mundo) ainda não aprovou definitivamente o uso de um órgão animal natural ou geneticamente modificado para xenotransplante. Desumano.

Neste caso, trata-se de uma autorização de uso compassivo (autorização de uso de medicamento experimental como último recurso) no contexto de estudos clínicos.

Em artigo sobre xenotransplante, um trio de pesquisadores da área de direito, vinculado à Universidade do Estado de São Paulo (Unesp) e ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), destaca diversas situações de exigência legal e moral semelhantes ao transplante de órgãos animais.

“Se o xenotransplante se tornar verdade no Brasil, será obrigatório apontar respostas morais e legais seguras que mantenham o fator de escassez de órgãos humanos, mas que o tornem imaginável para proteger a dignidade animal, evitando intervenções puramente experimentais e priorizando a terapêutica”, escrevem Maria Amália Alvarenga, Patricia Marchetto e Gabriela Bunhola.

Uma das medidas para garantir a dignidade do animal seria, por exemplo, minimizar o seu sofrimento o máximo possível, anestesiar e testar os animais somente quando não houver outra opção (como simulações de computador).

Na opinião dos pesquisadores, será obrigatória a criação de uma lei expressa de xenotransplante, não há proibição na lei que se oponha a essa prática, além da autorização de comitês de ética para o uso de animais.

Por fim, o trio de mavens argumenta que o procedimento de transplante de órgãos de outros animais não leva à morte desses animais. Em outras palavras, nada do que diz a Lei de Transplante Humano (n. 9. 434/97): “A doação referida neste artigo só é permitida no caso de órgãos duplos, porções de órgãos, tecidos ou porções do quadro cuja extração não salve o organismo do doador de proceder à vida sem ameaça à sua integridade”.

“Nesse caso, seria proibido transplantar órgãos importantes de animais, como o centro ou o fígado, por exemplo, mas seria imaginável doar seus rins. Transplantes post-mortem (após a morte) apenas em humanos. Modalidade, e evitando o abate exagerado de animais que seriam submetidos à xenotransplante”, dizem Alvarenga, Marchetto e Bunhola.

Em artigo sobre o mesmo tema, a professora e pesquisadora em direito corrupto Denise Luz, da Universidade de Pernambuco, lembra que ultimamente não há órgãos suficientes para todas as outras pessoas que querem transplantes, nem além de animais, há estudos em andamento sobre sintéticos. ou órgãos criados em laboratório, mas está além da realidade.

“Diante dessa realidade, a falta de ‘recursos alternativos’ para atender à demanda por órgãos para transplante e a falta de validação clínica dos estudos, é justificável, pelo menos em termos da lei dos ladrões, o uso de animais em estudos laboratoriais. “para este propósito. tipo Luz.

O termo “recursos eleitorais” refere-se ao artigo 32 da Lei 9. 605/98, conhecida como Lei de Crimes Ambientais. De acordo com esse segmento da lei, é um crime “qualquer um que faça um prazer doloroso ou implacável com um animal vivo, mesmo para fins didáticos ou clínicos, quando existem recursos de escolha”.

Crédito, Getty Images

Equipamento de edição de genes pode tornar transplantes de órgãos animais mais seguros

Katrien Devolder, pesquisadora de bioética da Universidade de Oxford, no Reino Unido, disse em entrevista à BBC que só usamos porcos geneticamente modificados para transplantes de órgãos se “nos certificarmos de que eles não sofram nenhum dano desnecessário”.

“Usar porcos para produzir carne é muito mais problemático do que eles estão em salvar vidas. Mas, obviamente, não há explicação para o porquê de esquecer o bem-estar animal nessa prática”, disse Devolder.

É evidente que a questão do xenotransplante continuará a ser objeto de intenso debate nos próximos anos ao redor do mundo, até que a prática se torne verdade para muitas pessoas.

Como você sabe quais genes os porcos têm e quais podem causar rejeição em humanos?Tudo começa com o sequenciamento do código genético, ou seja, mapear os 20. 000 genes humanos e entender como eles funcionam.

O primeiro, realizado no início dos anos 2000, envolveu muitos pesquisadores e cobrou bilhões de dólares. “Quando o genoma humano foi estudado, vimos que havia uma semelhança de 98% entre o genoma humano e o genoma dos porcos. Isso nos permitiu identificar em suínos quais genes causam rejeição aguda”, diz Zatz.

A geração percorreu um longo caminho nas últimas duas décadas, e ultimamente é possível baixar seu sequenciamento completo do genoma (informações necessárias para construir o corpo humano e mantê-lo saudável) pelo equivalente a cerca de 500 reais em alguns países.

No Reino Unido, por exemplo, o Sistema Público de Saúde (NHS) dá esse sequenciamento para pacientes com seguro contra o câncer.

Quando os cientistas coletam os genomas de milhares de outras pessoas com e sem doenças, eles podem começar a identificar quais combinações expressas de alterações genéticas, chamadas de “assinaturas mutacionais”, podem ser a chave para a progressão de doenças como o câncer. A maioria dos cânceres são causados através de células com ajustes no genoma.

Além disso, esse tipo de geração pode ajudar a identificar quais remédios são mais eficazes para a doença em pessoa.

Um dos destaques para esse tipo de estudo é a diversidade genética. Em outras palavras, certifique-se de que as bases de conhecimento genético não se limitem ao conhecimento de uma população expressa. Participaram do trabalho de Zatz o sequenciamento genético de mais de 1. 500 idosos brasileiros. – e foram descobertas 2 milhões de variantes genéticas que não estavam em bases de conhecimento estrangeiros.

“Vou dar um exemplo: há uma mutação no gene BRCA1 que causa uma forma herdada de câncer, que tinha o círculo de parentes de Angelina Jolie. A maioria dos cânceres de mama não são inevitáveis. Mas há certas formas que são hereditárias. Então ele descobriu a mesma mutação em uma mulher de 93 anos que nunca teve câncer em sua vida”, diz Zatz.

“Ou seja, a mesma mutação que causou o câncer de mama em outras 3 pessoas da família de Angelina Jolie, que é descendente de europeus, não causou câncer de mama em uma usuária de origem combinada, que é a nossa população brasileira. “

Isso, segundo Zatz, modifica absolutamente o chamado aconselhamento genético realizado no Brasil, uma vez que nenhuma mutação genética é realmente a culpada por uma doença ou não.

“Se eu tivesse descoberto essa mutação em uma jovem, eu teria dito: ‘Olha, você tem uma grande ameaça de câncer de mama. ‘Mas desde que descobrimos alguém que morreu aos 95 anos por outras razões e nunca teve câncer em sua vida, ela ajusta absolutamente a maneira como interpretamos mutações. “

Esse ramo de aconselhamento genético já beneficiou mais de 100 mil pessoas no Brasil, segundo Zatz. Sem mencionar o feto.

“Hoje, com sequenciamento genômico, podemos fazer o diagnóstico com uma precisão maravilhosa. Por exemplo, se há uma ameaça aos filhos de longo prazo deste casal. Ofereceremos o teste aos outros da família, se desejarem. E com isso você salva o nascimento de novos afetados, especialmente em doenças graves, para as quais não há tratamento”, explica Zatz.

Ela afirma que a expressão do aconselhamento genético é uma tradução vaga da expressão inglesa do aconselhamento genético, pois o procedimento é um guia.

“Não recomendamos porque a resolução do que fazer com esses dados depende do casal. Se formos até o casal e dissermos: ‘Você tem a maior ameaça de ter jovens com o mesmo problema’, eles precisam desses dados. “, e eles podem cuidar desses dados como bem entenderem. “

– Texto publicado em https://www. bbc. com/portuguese/brasil-62134212

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