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O Liberal (PA) online

Cientistas americanos descobrem como vírus da dengue se multiplica

Publicado em 24 abril 2009

Um grupo de cientistas americanos descobriu os fatores existentes no mosquito Aedes aegypti e em humanos que o vírus da dengue usa para se multiplicar após infectar os hospedeiros. Segundo informações da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), são dezenas de proteínas das quais o vírus depende para o seu desenvolvimento.

De acordo com o Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas do governo norte-americano, que financiou a pesquisa, a descoberta desse mecanismo pode levar ao desenvolvimento de drogas capazes de inibir um ou mais desses componentes, barrando a infecção e o desenvolvimento da doença. De acordo com os autores do estudo, os resultados, embora preliminares, levantam a possibilidade de inibir o crescimento do vírus em mosquitos, atacando o hospedeiro.

A dengue, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), atinge entre 50 e 100 milhões de pessoas a cada ano em mais de 100 países, com cerca de 20 mil mortes. Não há medicamentos específicos e os únicos tratamentos recomendados para a doença são a ingestão de líquidos, repouso e antitérmicos não-esteróides para a febre. O estudo foi publicado ontem para assinantes da revista Nature.

Casos

A Secretaria de Saúde da Bahia registrou neste ano, até o último dia 10 deste mês, mais de 50 mil casos de dengue no Estado. Um boletim epidemiológico da dengue revela que, comparado ao mesmo período de 2008, houve um aumento de 266% no número de casos. As informações são da Agência Brasil.

Ao todo, 374 municípios notificaram a doença pelos sistemas de informação da vigilância epidemiológica do Estado. As cidades de Jequié, Itabuna, Porto Seguro, Ilhéus e Salvador concentram 48% das notificações de dengue.

Vacinação contra a gripe pretende imunizar 3,6 milhões de idosos

Prevenção - Dose reduz em até 45% a hospitalização por pneumonias e até 75% a mortalidade

Quem tem 60 anos ou mais pode se vacinar contra a gripe a partir de sábado, 25, gratuitamente, nos postos de saúde do Estado de São Paulo. A campanha vai até 8 de maio. No lançamento oficial da campanha ontem, o governador José Serra (PSDB) foi o primeiro a ser vacinado, junto com o garoto-propaganda da campanha, o humorista Dedé Santana, e um grupo de vinte participantes do Centro de Referência do Idoso da zona leste da capital paulista. Serra, de 67 anos, disse que, desde quando passou a tomar a vacina, teve menos gripe. Dedé reforçou o recado: 'Eu recomendo. Não precisam ter medo da injeção'. O objetivo da campanha é imunizar 3,6 milhões de idosos em todo o Estado.

A campanha nacional de vacinação foi lançada ontem pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão. A meta no País é imunizar 15,5 milhões de idosos. Segundo o ministério, estudos mostram que entre a população acima dos 60 anos, a vacinação reduz em até 45% a hospitalização por pneumonias e até 75% a mortalidade.

Os idosos paulistas podem tomar a vacina em três mil postos ou em duas mil unidades móveis, em locais de grande circulação, como supermercados e estações do metrô. O horário de atendimento vai das 8 às 17 horas, de segunda a sábado. Vai haver vacinação ainda em 1,5 mil asilos e casas de repouso do Estado. Só não devem se vacinar os alérgicos à proteína do ovo. Pessoas com deficiência na produção de anticorpos devem consultar um médico. A campanha oferece também para adultos de qualquer idade vacinas para prevenir tétano, difteria, pneumonia e meningite.

Estudo

Neste ano, pela primeira vez, um grupo de estudantes da rede pública estadual será vacinado. Eles participam de um estudo do Instituto Butantan, órgão produtor das vacinas, para medir a eficácia de oferecer vacinação gratuita a crianças e jovens como forma de prevenir as famílias da doença. Metade do grupo de 4,6 mil estudantes será imunizado contra a gripe.

Agência Estado