Notícia

Jornal da Ciência online

Cientista em formação

Publicado em 26 agosto 2021

Por Sidnei Santos de Oliveira | revista Pesquisa FAPESP

Com pesquisa iniciada em 2019 no Laboratório de Infectologia e Medicina Tropical da Faculdade de Medicina da instituição, graduanda da UFMG foi uma das vencedoras da edição 2021 do Prêmio Carolina Bori Ciência & Mulher, oferecido pela SBPC

Entusiasmada desde a infância por temas relacionados ao funcionamento do corpo humano, a estudante de enfermagem Raquel Soares Bandeira buscou a formação nessa área já com planos de se dedicar aos estudos científicos. “Sempre gostei do ambiente de laboratório e, ao escolher minha carreira, levei em conta as oportunidades que teria de ingressar em projetos de iniciação científica”, conta a jovem de 24 anos, que atualmente está no décimo período da graduação em enfermagem na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Com pesquisa iniciada em 2019 no Laboratório de Infectologia e Medicina Tropical da Faculdade de Medicina da instituição, Bandeira foi uma das vencedoras da edição 2021 do Prêmio Carolina Bori Ciência & Mulher, oferecido pela Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). O trabalho foi inscrito na categoria Meninas na Ciência, que reconhece a produção de jovens cientistas, tendo na aplicação do método científico e no potencial de contribuição futura da pesquisa realizada seus principais requisitos de avaliação.

A pesquisa desenvolvida por Bandeira junto à equipe do laboratório e sob orientação do farmacêutico Eduardo Antonio Ferraz Coelho nasceu com o propósito de buscar alternativas para o tratamento da leishmaniose tegumentar, doença infecciosa causada por um protozoário do gênero Leishmania, que provoca feridas na pele e nas mucosas. A transmissão se dá pela picada do mosquito do gênero Lutzomyia.

“Além de apresentarem grande toxicidade a órgãos como rins e fígado, os tratamentos mais comuns da doença são traumáticos por utilizar medicamentos administrados por via venosa ou intramuscular, em injeções extremamente doloridas”, informa. Classificada como molécula hidrofóbica, que não se dissolve em água, a pesquisadora explica que a naftoquinona é uma substância com eficácia comprovada no combate a vírus, bactérias e fungos, além de apresentar ação antitumoral. “Com base nisso, resolvemos testá-la também no tratamento da leishmaniose”, conta.

Veja o texto na íntegra: Revista Pesquisa Fapesp