Sybele Saska, doutoranda do Instituto de Química (IQ) da Unesp, campus de Araraquara, criou uma membrana que pode substituir os atuais tratamentos para regenerar pequenos traumas nos dentes. O produto tem como base a celulose da bactéria Acetobacter xylinum, um micro-organismo facilmente encontrado em frutas e legumes em decomposição.
Testes de labotarório e um ensaio-piloto em coelhos demonstraram que o biomaterial recupera tecidos ósseos em um período de 7 a 15 dias, dependendo do tamanho do dano.
As informações são de Cínthia Leone, da assessoria de comunicação da Universidade Estadual Paulista.
Só defeitos ósseos pequenos podem ser tratados com a película, posicionada sobre a região traumatizada. As lesões podem ser causadas, por exemplo, ao redor de um implantante dentário, em processos de extração de dente ou quando há cistos ósseos. O biomaterial não substitui pinos, placas e parafusos de titânio.
O produto foi desenvolvido em cerca de um ano e meio, e sua patente foi depositada em maio, com auxílio da Fapesp. Testes em ratos estão previstos para o primeiro semestre de 2011.
O estudo de Sybele Saska foi considerado o melhor na categoria materiais dentários na 88ª Sessão Geral da Associação Internacional de Pesquisa Dentária em Barcelona, Espanha.