Os cientistas sociais brasileiros estão desenvolvendo técnicas avançadas de pesquisa participativa. A constatação partiu da pedagoga austríaca Christina von Fürstenberg, responsável pelos programas interdisciplinares de ensino superior do Setor de Ciências Sociais e Humanas da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco). Ela está no Rio para supervisionar a cátedra de desenvolvimento sustentável da Unesco, que faz parte do Programa de Estudos Interdisciplinares de Comunidade e Ecologia Social (Eicos) do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
A cátedra, a primeira em desenvolvimento sustentável da Unesco na América Latina, existe há dois anos, promove seminários e pesquisas e integra o programa de mestrado da Eicos. No próximo ano, a Eicos passa a oferecer um doutorado em desenvolvimento sustentável. No ano passado, os pesquisadores da Eicos escreveram o livro Desenvolvimento social, que foi apresentado como o documento brasileiro na Cúpula de Copenhagwe, em março deste ano.
"Esta cátedra é de importância fundamental porque está preparando as pessoas que têm poder decisório para-implementarem o desenvolvimento sustentável no país", conta Fürstenberg. Ela enfatiza que uma das características mais importantes do programa é a capacidade de dialogo com organizações de base das comunidades locais. "Foi surpreendente para mim ver como dos setores sociais, o popular e o científico, se harmonizaram para gerar um programa de alto nível acadêmico. É um exemplo de participação democrática posta em prática elogia a pedagoga judicada", garante o engenheiro.
Lei - A mesma comissão que projetou a barreira acústica está realizando um estudo para modernizar o atual código de obras do Rio de Janeiro, introduzindo conceitos de conforto e qualidade ambiental. O grupo de arquitetos está analisando a lei vigente, considerando os aspectos de conforto térmico, acústico e ergonômico. "Estes conceitos não são novos, mas agora estão sendo sistematicamente usados", diz Slama. O resultado do estudo será apresentado à Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro, que está realizando uma atualização do código de obras vigente.
O objetivo da comissão da UFRJ é evitar que o crescimento desordenado da cidade crie fenômenos como ilhas de calor ou barreiras de vento, além de considerar o grau de conforto das edificações.
Notícia
Jornal do Brasil