Em meados do século 19, teve início no Brasil a divulgação científica através de conferências e exposições. Os temas tratados nestes encontros científicos eram ainda poucos e se restringiam a ciência natural e desenvolvimento agrário e industrial.
Atualmente, conferências e exposições continuam sendo um ativo instrumento de divulgação científica. Entretanto, ganharam proporções bastante expressivas. Exemplo maior aconteceu recentemente em Taubaté. quando foi realizado pela universidade da cidade o 7º Encontro de Iniciação Científica e a 4ª Mostra de Pós-graduação. Na ocasião, foram apresentados 650 trabalhos das mais diversas áreas.
Iniciativas como essa são boas oportunidades para se conhecer a fundo assuntos não só relacionados a ciência, mas que orbitam em torno dela. Num simpósio dentro desse encontro, Desirée Cipriano Rabelo, presidente da União Cristã Brasileira de Comunicação Social, afirmou que não há como se desenvolver projetos sustentável de meio ambiente sem princípios democráticos e que as discussões entre os diferentes grupos envolvidos são imprescindíveis.
Em uma outra apresentação, Luisa Massarani, também atuante da área de comunicação da ciência, ressalta que mais do que educar, a divulgação científica deve suscitar emoções e questionamentos nas pessoas. Massarani cita que expressões da arte são bons instrumentos para isso, como o teatro, o cinema, a poesia, a música, a pintura e o desenho.
Mais do que conhecer iniciativas científicas e tecnológicas, eventos como o realizado pela Unitau ajudam a discutir políticas públicas da ciência. São também bons espaços para identificar a ciência não só como um elemento de inovação, mas de transformação e agente social.
Augusto Diniz é jornalista, pós-graduando em jornalismo científico pela Unitau e bolsista da Fapesp
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