Ciência e empreendedorismo são o tema da nova temporada da série ‘Entrevista’, produzido pelo Canal Futura em parceria com a Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). A produção tem estreia nesta segunda-feira, às 22h, e será exibida de segunda a quinta-feira também às 22h.
Na série, será abordada a história de vida de 13 cientistas que conseguiram se tornar empreendedores no Brasil. A ideia principal, de acordo com Cristiano Reckziegel, coordenador de conteúdo e jornalismo do Futura, é dar destaque à pesquisa científica que é feita no Brasil.
Ao todo, são 52 episódios divididos em 4 temporadas. A que está sendo lançada agora, sobre ciência e empreendedorismo, é a segunda temporada do projeto. “A primeira temporada foi sobre ciência e saúde. Após essa de agora, ainda vamos ter uma sobre ciência e energia e a última será sobre ciência e agropecuária”, disse Reckziegel em entrevista à GALILEU.
Com a ajuda da Fapesp, o canal Futura escolheu alguns cases de sucesso, de acordo com cada temporada, para ser abordado na série. “A maioria dos escolhidos eram de São Paulo, então gravamos, ao longo de 3 semanas, todas as 4 temporadas”, disse.
O principal mote da série, como conta Reckziegel, é o “de desmistificar um pouco a ideia do cientista isolado e distante da sociedade”, explica. Para ele, o principal atrativo da nova temporada é a chance que o público terá de ver pesquisadores com ideias inusitadas e que mudaram a vida de milhares de pessoas.
Além da chance de conhecer outras ideias, Reckziegel explica que a série busca retratar como o incentivo à pesquisa é fundamental para o desenvolvimento do Brasil.
O primeiro episódio
O criador da empresa Hoobox, Paulo Gurgel, sempre teve vontade de juntar suas ideias sobre ciência e empreendedorismo. Porém, foi apenas em 2016, com o apoio da Fapesp, que ele conseguiu tornar real tudo o que pesquisou e sonhou.
Até então, Gurgel trabalhava em uma tecnologia capaz de reconhecer as feições de pilotos de caça na Suécia. O objetivo do projeto era entender e saber se esses profissionais estavam atentos a missão.
O criador da tecnologia conta que teve de pensar em uma estratégia para tirar sua tecnologia do papel. “Tínhamos ideias complexas e caras, então tivemos que nos planejar bem”, conta em entrevista à GALILEU.
Em uma dessas viagens para a Suécia Gurgel teve a ideia de criar uma cadeira de rodas com sensores de reconhecimento facial. “Uma das vezes que eu estava na Suécia vi uma menina que estava na cadeira de rodas, que não mexia nem as mãos e nem as pernas e era muito expressiva”, disse.
Depois, foi questão de tempo até ele fundar sua empresa de tecnologia, a Hoobox. Juntamente com seu irmão, Gurgel lançou o protótipo da cadeira de rodas "Wheelie", um protótipo indicado para quem perdeu o movimento dos braços e mãos e para quem teria dificuldade para controlar uma cadeira de rodas comum.
Além de Gurgel, a história de outros cientistas serão apresentados. Como conta Reckziegel, o perfil dos pesquisadores é bem variado.