SÃO PAULO
A crescente e estratégica aproximação entre os dois países nas áreas de ciência e tecnologia esteve na pauta de discussões durante a visita do embaixador da China à Fapesp. A necessidade de aproximação entre pesquisadores brasileiros e chineses e os benefícios mútuos que essa cooperação poderá trazer ao conhecimento acumulado pelos dois países também foram tema das conversas.
Para o embaixador Li Jinzhang, China e Brasil compartilham diversos pontos em ciência e tecnologia. "Os governos e diversos setores da sociedade dos dois países consideram a ciência e a tecnologia pontos cruciais para o desenvolvimento da sociedade. É natural buscarmos aproximações nessa área, embora nossos sistemas de ciência e tecnologia sejam diferentes", disse Jinzhang .
Ele observou que, nos últimos anos, a China aumentou os investimentos em ciência, tecnologia e educação, o que fez com que outros setores da sociedade chinesa percebessem os resultados desses investimentos, passando a apoiá-los como prioridade.
Isso explicaria, segundo ele, a significativa participação das empresas no desenvolvimento científico e tecnológico do país.
"Para encorajar ainda mais esses investimentos, a China estabeleceu uma série de parques de desenvolvimento de ciência e tecnologia em diferentes regiões do país e, a fim de facilitar as pesquisas, passou a dar incentivos, em todos os níveis de governo, às instituições de pesquisa, universidades e empresas, em todas as áreas."
Durante a visita do embaixador à Fundação estiveram presentes Celso Lafer, presidente da Fapesp, Eduardo Moacyr Krieger, vice-presidente do Conselho Superior da Fundação, e José Arana Varela, diretor-presidente do Conselho Técnico-administrativo da Fapesp.
Também acompanharam a visita Hernan Chaimovich, assessor especial da Diretoria Científica, Marcelo Knobel, Coordenação Adjunta de Colaborações em Pesquisa, e Carlos Eduardo Lins da Silva, consultor em Comunicação da Fundação.
Como resultado dos grandes investimentos chineses em ciência e tecnologia, o embaixador da China no Brasil destacou o grande número de patentes registradas por seu país.
De acordo com ele, os chineses já estão entre os maiores do mundo também nesse quesito.