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Cerâmica de Santa Gertrudes inaugura centro tecnológico

Publicado em 16 setembro 2002

Por Letícia Volponi
O pólo ceramista de Santa Gertrudes vai inaugurar, no próximo dia 17, o primeiro Centro de Inovação Tecnológica em Cerâmica de São Paulo (Citec) e já tem clientes para desenvolver novos produtos, design e processo de fabricação cerâmica. Segundo o presidente do Centro Cerâmico do Brasil (CCB), José Otávio Armani Paschoal, entre as contratantes do Citec está a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Ele afirma que durante três anos a fundação vai contribuir com o Citec investindo R$200 mil ao ano e 22 empresas ficaram responsáveis por aportes de R$ 235 mil para desenvolvimento de novas tecnologias. A Alcoa, produtora de alumínio, entregou ao Citec um projeto de R$ 150 mil, com dois anos de duração para desenvolver produtos cerâmicos que utilizem alumina como matéria-prima e processos de fabricação que aproveitem resíduos de produção do alumínio, diz Paschoal. Segundo ele, o Citec recebeu investimentos de R$ 400 mil dos 54 fabricantes associados ao CCB e outros R$300 mil da própria entidade. O principal objetivo é implantar inovações tecnológicas no processo fabril para aumentar a competitividade internacional das empresas do setor, revela Paschoal. De acordo com Celso Monteiro Carvalho, conselheiro da Associação Brasileira de Cerâmica (ABC), 80% das empresas localizadas em Santa Gertrudes são pequenas e médias e não têm o hábito de exportar. A escolha da localização do Citec levou em conta o potencial dessas empresas localizadas no maior pólo produtor do País, com 290 milhões de metros quadrados. Criado junto à Associação Paulista das Cerâmicas de Revestimento (ASPACER), o Citec manterá interação com universidades e institutos de pesquisa.