O complexo de pesquisas fica no Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-TEC) e é uma parceria da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, que investiu R$ 50 milhões na unidade, e o estado de Minas Gerais, que aplicou outros R$ 30 milhões.
Nesta sexta-feira (12), a ministra Luciana Santos visitou o espaço
"Sem dúvida nenhuma que será o principal centro de pesquisa e desenvolvimento na área de vacinas do Brasil, e vamos fazer disso um fluxo contínuo de investimentos para que esse CT seja entregue à população brasileira no máximo nos próximo de dois anos", disse a ministra.
As obras do Centro Nacional de Vacinas começaram no fim de 2022 . O diferencial em relação a um fabricante de vacinas, como o Instituto Butantan, por exemplo, é que ele será capaz de reunir todas as etapas de desenvolvimento de imunizantes, desde a concepção até os testes em humanos
"Esta é a missão deste Centro: pegar a pesquisa que o pessoal está fazendo nas universidades e trazer para o nosso Centro. Elaborar, fazer um protótipo de uma vacina que seja aprovado pela Anvisa e levar, então, para fazer o ensaio clinico. Fase 1, fase 2 e, eventualmente, fase 3", explicou o coordenador do Centro de Tecnologia de Vacinas (CT Vacinas) da UFMG, Ricardo Gazinelli.
Segundo ele, a expectativa é de que o prédio fique pronto no fim de 2025 e que, em meados de 2026, entre em operação
O projeto prevê que a estrutura tenha cinco andares, com cerca de 6 mil metros quadrados . Além de áreas destinadas a pesquisa e laboratórios, o Centro terá uma área para receber pacientes e ambulatórios para a realização de testes clínicos.
Projeto do Centro Nacional de Vacinas, em Belo Horizonte — Foto: TV Globo/ Reprodução
Vacina brasileira contra a Covid Perto do local de construção do Centro Nacional de Vacinas, funciona o CT Vacinas da UFMG, onde está sendo desenvolvida a SpiN-TEC, primeira vacina contra a Covid-19 100% brasileira.
É o primeiro imunizante nacional a chegar à etapa de testes em humanos – a última fase antes de ser aplicada na população.
"A gente vê pelos resultados que, de fato, a gente tem uma resposta tão boa quanto a resposta de reforço com a AstraZeneca, por exemplo. Então, o que está acontecendo agora é que a Anvisa está analisando esses resultados", disse a subcoordenadora do CT Vacinas, Santuza Teixeira.