Nos dias 11 e 12 deste mês em aconteceu São Paulo, na sede da Fiesp, a escolha dos 15 vencedores do Prêmio FINEP, de Inovação Tecnológica - Etapa Sudeste. A ordem de colocação será anunciada durante a cerimônia de premiação, que acontece no dia 8 de outubro, novamente em São Paulo. O primeiro colocado de cada categoria concorrerá à premiação nacional, que acontece no dia 30 de outubro, em Brasília.
São Pauto ficou com oito prêmios, Rio com cinco e Minas dois. Este ano, entre os 103 inscritos da região, foram escolhidos três na categoria Processo (Cenpes, Oxiteno e Sabó), três na Produto (Itautec Philco, Clorovale e Fábrica Carioca de Catalisadores), três na categoria Grande Empresa (Siemens, Petroflex e SMAR), três na Pequena Empresa (APPI, Lapidart e Pipeway) e três Instituições de Pesquisa (UFSCar/ Unesp, Embrapa Milho e Sorgo elpen).
Na região de Araraquara e São Carlos, na categoria instituição de pesquisa, o Centro Multidisciplinar para o Desenvolvimento de Materiais Cerâmicos (CMDMC), formado por pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e Instituto de Química de Araraquara (Unesp), foi premiado pelo desenvolvimento de quatro projetos de desenvolvimento tecnológico, que resultaram em ganhos de US$ 13 milhões de dólares para a Companhia Siderúrgica Nacional - CSN. Num desses projetos, por exemplo, o Centro desenvolveu um tipo de aço com baixo teor de enxofre, para atender à demanda do mercado. A CSN calcula que o novo processo, que melhorou a qualidade do aço e reduziu o volume de resíduos, gera uma economia de US$ 4,7 milhões por ano.
Nos últimos três anos, o Centro apresentou 12 pedidos de patentes, um número elevado quando se considera que há apenas 12 técnicos. Além da parceria com a CSN, o CMDMC também trabalha em conjunto com a Usiminas. A parceria entre a universidade e a CSN foi iniciada há 15 anos. Nesse período foram desenvolvidos 41 projetos de pesquisa de novas tecnologias visando a melhoria da produtividade e da qualidade dos produtos, que resultaram em ganhos de US$ 85 milhões à empresa, de acordo com o Prof. Dr. Elson Longo, diretor do CMDMC, um dos centros de excelência (CEPIDs) criados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo FAPESP).
As pesquisas têm resultado em novas metodologias de caracterização de produtos e processos, bem como na formação de recursos humanos atualizados e melhores qualificados para o mercado de trabalho. "Essa parceria mostra claramente que a interação universidade e indústria pode tornar o setor produtivo nacional mais competitivo e possibilita a exportação de produtos com grande valor agregado", disse o professor Elson Longo.
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O Imparcial (Presidente Prudente, SP)